A Rádio Moçambique (RM) tem um arquivo invejável de música, também designado por discoteca. Existe há várias décadas (fala-se de 1940). Lá se encontra “tudo que é música, efeitos, sons utilizados em reportagens, em programas da criança, teatro…. Todos aqueles ruídos e sons estão aqui guardados” – diz Ismael Mamudo, chefe do Departamento de Arquivos. Sobre os discos de vinil, são músicas desde os anos 40, “discos de gramofone, que são de 78 rotações, a mais rápida (referência à corrida do disco). Ainda tem de 33, 45”, acrescenta.
Por enquanto, falam de um universo de 86400 discos, “mas pode ser o dobro disto, porque temos muitos que não estão inventariados”, ressalva.
E qual seria o disco mais precioso ali guardado? Mamudo responde, depois de titubear: “…são tantos… são tantos…” – esquiva-se – “mas existe uma colecção de primeiros discos moçambicanos… são coisas preciosas” e guardadas literalmente a sete-chave. “Estas ficam controladas. Tem aqui uma gravação de Fany Mpfumu”, mostra-nos e continua: “Alexandre Jafete… preservamos bastante, porque são discos fáceis de danificar”.
O que se encontra ali preservado interessa, inclusive, a estudiosos de fora do país. Leia mais…
