As duas meninas que há dias foram dadas como tendo sido assassinadas na cidade de Chimoio, e cujas cabeças tinham sido supostamente vistas num congelador, na residência de um agente económico do ramo hoteleiro, regressaram esta segunda-feira ao convívio familiar após 11 dias em parte incerta.
Entretanto, a opinião pública está dividida. Enquanto a Polícia da República de Moçambique (PRM) afirmou que as crianças foram encontradas algures, na cidade de Chimoio, após terem fugido de casa em consequência de maus-tratos e agressões físicas, alegadamente, perpetrados pelos seus progenitores, outros preferem manter a ideia de que terão sido raptadas e depois libertadas do cativeiro.
Com efeito, os que defendem esta tese acusam a Polícia de estar a faltar com a verdade e a tentar, a todo o custo, proteger o suposto traficante de órgãos humanos e a encobrir o crime. Dizem ser muito estranho que as referidas crianças tivessem de reaparecer após os tumultos: “Isto pode indiciar que o raptor se sentiu pressionado pelos tumultos e devolveu-as ao convívio familiar, porque se viu embaraçado em continuar com o negócio, uma vez que o assunto já era do domínio público”, disse um residente do bairro 25 de Junho.
Entretanto, o chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Manica, Mário Arnaça, referiu, citando as crianças, que “tudo quanto a Polícia tem conhecimento é que os menores teriam fugido da casa dos seus pais por temerem agressão física e maus-tratos que, alegadamente, têm sido cometidos frequentemente pelos seus próprios progenitores”. Leia mais…