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MEMÓRIA-ESTÁDIO DA MACHAVA 53 ANOS: Curandeiro ludibriado “tirou” Austrália do Mundial de 1970

Por Idnórcio Muchanga

O mítico Estádio da Machava completou este ano 53 anos de existência. O recinto, que antes foi chamado por Estádio Salazar, pertença do Clube Ferroviário de Maputo, teve a sua construção liderada, na altura, pelo Engenheiro Sousa Dias. Para erguê-lo houve contribuição especial dos associados, além de grandes apoios da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a administração governamental portuguesa em Moçambique.

A 30 de Junho de 1968, recorde-se, o estádio foi inaugurado com um sensacional Portugal-Brasil, marcado por uma publicitação da presença de Eusébio da Silva Ferreira, o “pantera negra”, filho do populoso bairro da Mafalala, em representação de Portugal, e de Edson Arantes do Nascimento “Pelé”, pelo combinado do Brasil, duas figuras que tinham estado a disputar o Mundial de 1966, em Inglaterra. No entanto, as duas grandes figuras acabaram por não estar presentes no Vale do Infulene, na partida que Portugal, apresentando outros moçambicanos como Mário Esteves Coluna, Hilário da Conceição e Manhiça, perdeu diante do Brasil, de outros craques como Tostão, Rivelino e Jairzinho, os últimos dois autores dos golos dos “canarinhos”.

Realçamos que depois desse jogo aquele recinto viveu diversos episódios, de emoções para todos gostos e feitios, dos quais hoje trazemos um, referente às qualificações para o Mundial de 1970, que se disputou no México, prova conquistada pelo Brasil, após vitória convincente diante da Itália por 4-1, a 21 de Junho desse ano.

REGIME RODESIANO “LEVOU” O JOGO PARA MACHAVA

Em 1965, a Rodésia, conhecida hoje como Zimbabwe, filiou-se na FIFA, depois de aceitar ser uma federação multirracial. No entanto, a Rodésia foi expulsa da Confederação Africana de Futebol (CAF), devido à situação problemática da independência do Reino Unido.

A solução encontrada pela FIFA foi inserir a Rodésia nas qualificações para o Mundial defrontando adversários asiáticos e da Oceânia. Leia mais…

Texto de Joca Estêvão

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