Todo o mundo sabe que desde o acordo de cessão de hostilidades de 5 de Setembro passado, a Renamo sempre andou em dribles com as listas dos seus homens armados que precisam ser desarmados para que este partido seja de facto um partido político, iguais aos outros como mandam as regras.
Quando no CCJC, o Executivo exigia as listas, a perdiz apresentava uns bonequinhos pintados de tons azuis e vermelhos que dizia constituírem um modelo de integração dos seus homens. Quando lhe perguntavam onde então estão os tais homens, pois têm nomes, têm idades e têm caras, aí a Renamo voltava a escudar-se no tal modelo de reintegração. Houve até uma altura que deu a entender que tais listas já teriam sido entregues ao PR, o que depois se compulsou ser falso.
As rondas alcançaram e passaram a casa das centenas e nicles de listas e nicles de resultados em relação ao desarmamento desses homens que a perdiz ainda os mantém no mato, não se sabe vivendo de quê e por que motivo estão lá acantonados. Bons motivos não são de certeza.
Até que depois de ficarem em grande ociosidade, engordando nos hotéis e sem nada para fazer, pois os renamistas a integrar não se achavam em nenhum lado para esse efeito, os da emochim tiveram de arrumar as malas e voltarem ao aconchego e calor das suas famílias.
A missão consumiu uns tantos milhões de meticais sem ter alcançado o seu objectivo: desarmar os homens da Renamo. Consumiram-se milhões que precisamos para apetrechar de carteiras as nossas escolas, para apetrechar os hospitais, para comprar medicamentos que nos faltam, para…enfim…colmatar as nossas carências, resolvendo os problemas das populações…lá se foram atirados ao lixo, sem que ninguém mostre vergonha ou decoro com isso.
Esta semana, os renamistas anunciaram uma sessão do Conselho Nacional (CN). Seria, se calhar, uma oportunidade certa para apresentarem ao povo desculpas por estes esbanjamentos feitos sem que eles pudessem cumprir com o compromisso de se desarmarem. Seria de explicar sem eufemismos a verdadeira razão porque isso (não) acontece.
Amigo de Bula Buladentro da perdiz afiançou-nos que DHL anda, nestes dias, apertadinho por causa das exigências dos donos do dinheiro que ele gastou e anda a gastar, passeando-se pelo país para juntar quem quer vê-lo e ouvi-lo a fazer o seu espectáculo. Um encontro havido dia 27 de Maio último, no Restaurante Copa Cabana, na cidade de Nampula, entre ele e os donos dos verdões que ele anda esfolando nestas viagens, foi tudo menos ameno. Os donos do dinheiro exigiram a prestação de contas da mola que lhe passaram para poder ascender ao poder a todo o custo e que não teria produzido resultados desejados.
Assim, os proprietários dos valores com que DHL se banqueteia, querem que neste CN, a perdiz redifina os mecanismos de colocar o líder na Ponta Vermelha, daí o eufemismo usado pelo perdigoto porta-voz na sua aparição anunciando este CN: “discutir o futuro do país”.
Os donos da mola, que DHL gasta, tê-lo-iam advertido também de que não querem regressar à proveniência sem que haja resultados plausíveis nestas matérias. O homem está metido num colete de aço!
