JORGE RUNGO
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O projecto denominado Move Maputo, que está a ser desenvolvido pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, através da Agência Metropolitana de Transportes (AMT), tem disponíveis cerca de 250 milhões de dólares, empreiteiros já seleccionados e, um deles, no final do ano passado, recebeu a primeira tranche para começar a executar as obras. Porém, não há vestígios de obras ou, pelo menos, de simples mobilização de meios ou criação de estaleiros, porque o concurso público para a escolha das empresas executoras se transformou numa briga e foi parar na justiça que, como é sabido, tem o seu tempo para tomar decisões.
O projecto foi desenhado para ser executado em cinco (5) anos, mas o calendário de trabalhos de
ampliação de estradas e construção de troços novos começa a ficar apertado, com sobreposições e em
sério risco de se esfumar. A coordenadora do “Move Maputo”, Fátima Arthur, em entrevista exclusiva ao domingo, explica o que está a acontecer com esta iniciativa que, a ser materializada, poderia oferecer segurança e comodidade a cerca de um milhão de pessoas que afluem à baixa da cidade de Maputo todos os dias.
O projecto “Move Maputo” tem estado a ser ouvido no Gabinete Central de Combate à Corrupção
(GCCC) por desatinos com um empreiteiro. O que aconteceu?
Os cinco projectos foram publicitados e saíram as notificações nos jornais sobre o lançamento dos
concursos. A abertura de propostas aconteceu em Maio e a notificação da adjudicação só aconteceu em
Agosto, porque quando fizemos os processos chamámos os técnicos dos municípios para nos ajudarem
na avaliação. Dessa primeira avaliação percebemos que, de todos os concorrentes, em Maputo só três
e quatro empresas é que apresentaram propostas (para as obras da ONU e da 24 de Julho, respectivamente), e na Matola foram 12 (para Molumbela-Khongolote), 12 empresas (para Matlhemele-Matibjana), e 11 empresas (para Intaka-Boquisso). Destas empresas, em Maputo, 50 por cento foram desqualificados e na Matola 80 por cento. Só ficaram duas empresas qualificadas em Maputo e três na Matola. Verificou-se também que a directora de uma das empresas recomendadas pelos técnicos dos municípios é administradora da outra empresaLeia mais…