Dois dois indivíduos foram neutralizados na sexta-feira pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) suspeitos de terem assaltado, há dias, a residência da juíza do Tribunal Distrital da Manhiça, província de Maputo.
Os indiciados, para além de protagonizarem o assalto, mantiveram refém a juíza e sua família durante dois dias (quarta-feira e quinta-feira). Falando à imprensa, ontem, na cidade da Matola, um dos detidos confessou o crime. Disse que um estudo sobre a rotina da vítima foi feito antes da concretização do assalto.
“No dia do assalto esperamos a juíza retirar-se da casa. Pulámos o muro de vedação e introduzimo-nos no interior da casa, onde mantivemos refém a família. Quando ela apareceu também tornamos a ela nossa refém e pedimos que nos entregasse dinheiro”, explicou.
Contou ainda que um dos criminosos, ainda a monte, acompanhou a juíza para o ATM, onde obrigaram-na a fazer o levantamento de valores monetários.
Durante as 48 horas que estiveram na residência, os indiciados prepararam e passaram as refeições juntamente com as vítimas e assistiam à televisão.
Da casa da juíza, os assaltantes roubaram computador, telemóveis e 140 mil Meticais.
O porta-voz do SERNIC na província de Maputo, Elino Panguana, disse que há um trabalho em curso com vista a neutralizar o cabecilha do grupo.
