
“O uso da violência pode ser mecanismo de travar ou limitar a mulher”
- Lurdes Mabunda, antiga chefe do Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas
de Violência e actual directora de Doutrina e Ética Policial do Comando-Geral da PRM
Depois de dirigir o Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, durante 17 anos, Lurdes Mabunda decidiu registar a sua experiência na luta contra a violência doméstica através de uma obra. Assim nasceu a “Radiografia da Violência Doméstica em Moçambique: O relato de quem está por dentro”, uma obra lançada sob chancela da Escolar Editora, que retrata as nuances da violência doméstica cruzando-as com os serviços de atendimento, a cultura e a implementação da lei.
Mabunda faz uma radiografia minuciosa dos factores e contornos deste crime, que acontece no meio familiar. Destaca a necessidade de se dar um tratamento especial ao crime de violência doméstica, a especialização dos magistrados nesta área e criação de um tribunal de turno, uma vez que esta ilicitude é maioritariamente cometida na calada da noite.
Membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) desde 1993, também defende a formação dos agentes de lei e ordem, para que as vítimas se sintam acolhidas e seguras após a denúncia dos casos.
Ao fazermos a leitura desta obra, dentre várias coisas, encontramos uma recomendação: a necessidade de se proteger as vítimas. O que a inquietou, concretamente? Leia mais…