TEXTO DE ABIBO SELEMANE
abibo.selemane@snoticicas.co.mz
Fotos de Carlos Uqueio
A violação sexual de menores cria transtornos às comunidades moçambicanas. Nos últimos tempos, tendem a aumentar os casos reportados por diversas instituições do Estado, e não só, que lidam com a matéria.
Em consequência, apurámos, além de provocar perturbações psicológicas, existem menores que decidem abandonar a escola por medo de voltarem a cruzar-se com os seus algozes e outros que, que por causa desta atitude macabra, contraíram doenças crónicas e outras de transmissão sexual.
Dados em nosso poder indicam que os predadores usam várias artimanhas para atrair as suas presas, sendo que nos centros urbanos o ataque pode ser resultado de uma simples boleia de carro, aliciamento da vítima com lanches, dinheiro, promessas de diversão, entre outros.
Facto que inquieta a sociedade civil é que alguns incidentes acontecem na família. Na lista de violadores constam parentes directos, sobretudo tios, avós, primos, pais, entre outros com poder parental, seguidos de vizinhos, professores e outras pessoas com uma relação de amizade com a família da vítima e, no fim da linha, oportunistas de ocasião.
Dados fornecidos pelo Serviço de Medicina Legal do Hospital Central de Maputo dão conta que aquela unidade atendeu desde Janeiro de 2022 a Março do presente ano 361 menores vítimas de violência sexual, dos quais 16 são do sexo masculino. Somente nos primeiros três meses do presente ano foram atendidas 74 vítimas, sendo quatro do sexo masculino. Leia mais…
