Nome: Elizabeth Francisco Delechane
Idade: 25 anos
Naturalidade: Maputo
Residência: Bairro Central
Ocupação: Jogadora de basquetebol; estilista e estrategista de marketing e vendas.
Conquistas: Com pouca idade, já soma vários louros e disso, certamente, se gaba. É uma mulher versátil, fruto de formações cumpridas desde os primeiros anos de vida em cursos de corte e costura na Escola Belas Artes e em desenho-criação para crianças no Museu da Arte, que lhe valem o título de basquetebolista-estilista.
Recuando alguns anos, a muthiyana do domingo conta que fez o ensino primário e secundário na cidade de Maputo. Feito o nível médio, formou-se, há pouco tempo, em Ciências de Comunicação com habilidade em Publicidade e Marketing na Escola Superior de Jornalismo.
Já praticou atletismo, natação e futebol na Escola Primária Completa da Maxaquene. Entretanto, nesse período, a queda pelas artes não lhe dava nenhum descanso e o resultado não tardou a se revelar: “fazia algumas peças de costura, designadamente pequenas pastinhas e vendia na escola”.
Entretanto, quando frequentava a 7.ª classe, aos doze anos, foi convidada por uma colega da Escola para conhecer um mundo que revelou outro talento seu na área de basquetebol: “uma vizinha do prédio, Sónia Sitoi, convidou-me para me juntar à equipa de basquetebol que estava sendo formada no Grupo Desportivo de Maputo para o escalão de iniciados”. E com a decisão, “ganhei alguns títulos, que no momento foram muito gratificantes, afinal a minha equipa de iniciados foi bicampeã da cidade de Maputo (2005-2006); como juvenis, vice-campeãs da cidade (2018); no escalão de juniores o Desportivo foi campeão duas vezes e a segunda melhor equipa da cidade, o que valeu a qualificação para o nacional por dois anos consecutivos na Beira (2012) e Chimoio (2013)”, regozija-se. E aos18 anos, a cereja no topo do bolo: “fui convocada, por duas vezes, para a selecção, sendo uma para sub-18 e outra para sub-19. Embora a equipa não tenha viajado foi um ganho para mim, pois mostrou reconhecimento pelo meu trabalho”, considera.
A verdade é que no seu mundo cabe mais, muito mais. O bichinho pela costura fá-la hoje trabalhar como modista por conta própria “para suprir muitos dos meus gastos, aquando da morte dos meus progenitores, quando frequentava o 2.º ano na Faculdade”.
Tamanha dedicação e paixão levou-a, recentemente, ao Moçambique Fashion Week (MFW2019) onde se mostrou ao mundo da moda na categoria de Young Designer. Para ela, “foi uma grande realização, pois lancei a marca denominada “SINGANO” que significa agulha na língua e-chuabo. A minha linha de produção tem como base a capulana e visa resgatar a identidade africana”.
Sonhos: “Conquistar o mercado africano na indústria da moda, mas também gostaria de abrir uma empresa de consultoria em comunicação e imagem”.