- Alguns religiosos afirmaram ao domingo que têm uma palavra na prevenção de gravidez precoce nas escolas e reclamam espaço
Um despacho datado de 13 de Dezembro de 2018 – 435/GM/MINEDH – veio para mudar o curso de vida de crianças e/ou adolescentes que engravidam em idade escolar.
Se antes eram transferidas do curso diurno para o nocturno, em observância do decreto 39/2003, actualmente já gozam do direito de compartilhar o recinto escolar e sentar-se à carteira com colegas da mesma faixa etária.
O facto é que esta decisão é amplamente aplaudida por alguns pais, alunos e professores, sendo que estes últimos se desdobram em acções conjuntas de reintegração, apoio moral, de forma a evitar desistências. Entretanto, enquanto se franqueiam as portas para estes menores percorrerem caminhos certos para o futuro – escolarização – difundem-se formas de prevenir a gravidez precoce neste grupo social, através de mensagens que o orienta para adopção de diferentes métodos anticonceptivos.
Ainda que se faça uma ressalva, que indica que o adiamento da vida sexual activa para mais tarde é uma boa opção, o ponto é que “a última palavra (use o preservativo; a pílula…) tem poder extraordinário”, observou Salvador Nhamucho, pastor do Ministério Evangelho em Acção, um recado abraçado e aplaudido por uns, e nem tanto por outros. Seja como for, a verdade é que são registados em diferentes escolas primárias e secundárias casos de gravidez em crianças e/ou adolescentes.
Na EPC de Guebo, a nossa reportagem conversou com o professor Mateus Castigo, de Educação Física e Visual, e com o director-adjunto pedagógico, Juvenal Messano, que narraram o caso de uma aluna de 13 anos de idade, da 7.ª classe, que ficou grávida no ano lectivo de 2021. A menor de idade “vive no bairro das Mahotas com a mãe, o pai e os irmãos. Mas, há um porém, tudo indica que o pai não é presente”, disse Mateus Castigo. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
carol.banze@snoticicas.co.mz
Fotos de Carlos Uqueio
