Os finalistas do Prémio Internacional Aga khan em Arquitectura receberam, em cerimónia realizada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, os respectivos prémios ao som da Kronos Quartet, de David Harrington.
Os trabalhos laureados estão agora em exposição no Museu do Centro Cultural de Belém.
O prémio Aga Khan de Arquitectura foi instituído em 1977 e realiza-se de três em três anos. O mesmo consiste no reconhecimento, valorização e premiação dos projectos de arquitectura que, pelas suas características inovadoras e progressistas, melhoram a vida das pessoas em vários países.
Uma das marcas do prémio é o facto de não serem reconhecidos apenas os arquitectos ou mentores dos projectos, mas também os que materializam a obra, caso dos construtores, artesãos, entre outros que transformam em realidade a criatividade dos arquitectos.
O concurso de arquitectura Aga Khan é visto como um impulsionador para o desenho de projectos que, mesmo inovando, preservem a tradição das estruturas arquitectónicas dos edifícios.
UM MILHÃO DE DÓLARES
A cerimónia de anúncio dos vencedores teve lugar em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, lugar de eleição em termos arquitectónicos e turísticos, registando diariamente uma afluência considerável de turistas que contemplam a majestosa construção.
O valor monetário global do Prémio Aga Khan em Arquitectura é de um milhão de dólares americanos. Para a presente edição, 2013, cinco vencedores partilharam o prémio, o que equivale a recepção de USD200.000,00 (duzentos mil dólares por premiado).
A edição 2013 foi bastante concorrida, com um total de 411 trabalhos. Destes, apenas 20 passaram para a fase final que culminou com a eleição dos 5 finalistas – vencedores.
A brilhante actuação do Kronos Quartet – quarteto de cordas, norte-americano, fundado em 1973, em Seattle-Washington, pelo violonista David Harrington, acabou sendo um prémio especial para os convidados à cerimónia honrada pelo presidente português, Cavaco Silva.
Moçambique fez-se presente na cerimónia através do Ministro da Cultura, Armando Artur, único participante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O convite para participação de Armando Artur foi formulado pelo Secretário de Estado para área Cultural de Portugal, Jorge Barreto Xavier.
As obras vencedoras foram seleccionadas por umjúri independente, nomeado pelo Comité de Direcção para cada ciclo de premiação. Dos nove membros do corpo jurado destacam-se: DavidAdjaye, da Grã Bretanha; Wang Shu, Arquitecto e fundador do AmateurArchitecture Studio, Hangzhou, na China; Mahmood Mamdani, Professor e Director Executivo do Makerere Institute forSocial Research (MISR), em Uganda; Kamil Merican, Designer e Administrador Executivo de um grupo de parceiros em KualaLumpur, Malasia; Toshiko Mori, professor no New York City, Estados Unidos da América.