Já se diz que quem sabe o que é correcto age correctamente. E quando se trata de educação dos filhos? Nestes casos, nada é melhor que os educar de maneira a tornarem-se indivíduos úteis e íntegros na sociedade.
Deste modo, lança-se o ser humano ao mundo; ensina-se o caminho correcto e dá-se a matéria-prima de forma que ele mesmo faça a arte-final. O resto fica nas mãos das deidades, esperando-se que estas conspirem a favor.
É na senda disto que domingo traz histórias de filhos que decidiram retribuir a educação e o encaminhamento para instrução da parte dos pais seguindo-lhes as peugadas, profissionalmente e/ou socialmente falando.
São narrativas repletas de orgulho, emoção e reconhecimento. Veja-se nos depoimentos que se seguem.
Meu pai é meu treinador fora do campo
Milton Caifaz é filho de um dos monstros do basquetebol nacional, Ilídio Caifaz. Hoje, com 29 anos de idade, iniciou-se no basquetebol com apenas 7, no mini-básquete, pela mão do pai. Foi parar ao pavilhão do Clube Estrela Vermelha, onde o “mister” Alexandre Mata, que também fora treinador na fase de iniciação do seu pai, dava toques de mestre, treinando atletas da referida modalidade.
Milton ficou naquele clube por apenas um ano, depois rumou para o Desportivo de Maputo, um clube que, como diz, “tinha melhores condições”, mas também “porque o Estrela Vermelha fechou”. Assim, “no Desportivo fiz toda a iniciação, juvenis e, no ano em que passei para os juniores, porque era altura de ir para a faculdade, passei para A Politécnica”. Passados alguns anos, regressou ao Desportivo, levando na manga a experiência de vários anos de basquetebol, para além da formação académica. Contudo, via a sua responsabilidade acrescida por ser filho de um renomado basquetebolista nacional.
Sentia e ainda sente isto na pele: “Acontece! As pessoas olham para mim e querem ver-me até melhor que o meu pai. Então, acabo carregando essa cruz, mas que é boa, eu carrego com muito orgulho e isso obriga-me a trabalhar muito mais. Mas provar que sou filho dele a jogar não é fácil. É uma tarefa difícil, mas boa”. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
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