– vovó João Cuambe, residente em Maputo
Resolver as urgências, no que concerne à assistência em dinheiro à família, pode tranformarse num assunto extremamente pesado para quem tem “casa um”, “casa dois”… e/ou sucursais que tenham “rendido” geração de vidas.
É que em momentos de aperto, há esposas que simplesmente não querem saber de nada, a não ser ver o seu marido com as atenções totalmente viradas para o seu lar – por sinal o oficial – mesmo em situações em que o ditocujo tem dependentes, conforme foi citado acima.
Mas, para o vovô João Cuambe, as coisas não devem ser tratadas dessa maneira, sendo que é necessário “atender em primeiro lugar os filhos de fora, sobretudo os que não têm como se sustentar”.
Na sua óptica, é preciso ter em conta que “aqueles não vivem comigo. É diferente da situação em que encaro as dificuldades estando com a minha esposa e os filhos desta relação, porque consigo controlar a situação”. De que forma? Perguntámos, ao que respondeu: “Eu e a minha mulher podemos encontrar formas de phandar (desenrascar), para conseguirmos comida para o dia, dinheiro para ‘chapa’ (transporte)”, disse o vovô Cuambe.
Acrescentou que tudo correria de forma satisfatória, não fosse o facto de que “a mulher é confusa, costuma falar muito quando se trata de divisão de dinheiro com os filhos ‘de fora’. Acusa o marido de desembolsar quantias elevadas para eles. Mas não custa nada compreender que aqueles são filhos também, não os podemos abandonar”, rematou.