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O dia-a-dia no hospital de animais

Por Idnórcio Muchanga

Localizado no recinto da Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane, o Hospital Escolar Veterinário é uma referência incontornável quando o assunto é saúde animal. Sim, à semelhança do homem que recorre ao hospital para cuidar da sua saúde, os animais gozam, igualmente, deste bem, sendo notável nos últimos tempos uma preocupação crescente de várias famílias – que os têm como “filhos” e/ou companheiro de todas as horas – de garantir que eles tenham uma saúde de “ferro”. Este é um dos propósitos que levou a Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane a criar, em 1964, o Hospital Escolar Veterinário, que, para além de apoiar os estudantes durante as actividades lectivas, abriu as portas ao público para prestar serviços de assistência aos animais domésticos e de companhia. Ali, beneficiam de serviços de consultas externas, de cirurgias, assim como de serviços de urgência e internamentos.

Com efeito, este hospital recebe pacientes com diversas patologias e provenientes de diferentes pontos da província e cidade de Maputo.

Este é o exemplo da Laisie, uma cadela adulta de raça pastor alemão. Encontrámo-la acompanhada pelo seu dono, Higino Nunes, na sala de consultas. Há um mês foi submetida a uma cirurgia ortopédica. Havia fracturado a pata traseira direita, e naquela manhã se encontrava no hospital para mais uma consulta pós-cirurgia. Depois de observada pelo enfermeiro Nadir, é libertada, afinal o seu osso já está consolidado e podia voltar a caminhar. Uma boa notícia para Higino Nunes, seu dono, que liberta um suspiro e esboça um sorriso. É que, há um mês, os movimentos da sua cadela estavam limitados, facto que transtornava a família que a acolheu há oito anos.

E domingo continuou a estender o olhar pelo hospital e, num dos cantos, viu Edgar Júnior sentado numa cadeira do longo corredor, aguardando pela vez da sua pequena companheira, a Elaine, ser atendida. Falamos de uma cadela de cor branca e raça malteza, que latia e fazia traquinices enquanto o seu dono mexia no celular, sem, no entanto, largar a coleira. Leia mais…

Texto de Luísa Jorge
luisa.jorge@snoticicas.co.mz

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