Nome: Mariamo Sultuane
Idade: 38 anos
Naturalidade: Maputo
Ocupação: Vendedeira de argolas
Conquistas: Fez o ensino primário em Angónia, numa altura em que acompanhava o seu pai, que se tinha vinculado profissionalmente numa empresa lá localizada. O secundário foi feito na Maxixe, Inhambane, terra de origem dos seus progenitores. Em 1986 regressa à Maputo, sua terra natal, onde continuou a estudar. Aqui frequentou e concluiu a 9ª classe e parou, pois, foi transferida para o curso nocturno, o que “não me deu jeito, tinha medo de circular à noite por causa da criminalidade”. Com efeito, com 23 anos conheceu o lar. Dois filhos, frutos desse relacionamento, vieram na sequência. Mas a relação com o companheiro foi, também, interrompida. A partir disto, Mariamo passou a colocar em prática as suas ideias e a arte de fazer negócio. Mas não antes de trabalhar num restaurante, como balconista; num salão de cabeleireiro, cuidando da beleza das mulheres. Já a solo, fazendo o seu próprio negócio, vendeu roupas e bijuterias. Por alguns anitos, pois “tinha quebras, os clientes não pagavam como devia ser”. Assim sendo, em 2010 pensou em outras fórmulas. Vender argolas (bolinhos em forma de argolas) passou a ser uma boa alternativa. Hoje em dia, conta que “ajuda a pagar todas as despesas da casa; já ajudou no sustento das crianças, quando eram mais novos, no pagamento das despesas escolares e na compra de roupa…”. A verdade é que, “tudo o que tenho, hoje em dia, é fruto do meu suor”.
Sonho: Gostaria de ter um estabelecimento comercial.“Acredito que um dia vou tornar possível esse sonho. Sou uma batalhadora. Sei que há muitas mulheres que ficam de mãos cruzadas, com vergonha de abrir uma banca para fazer negócio. Chegam a mandar crianças à rua, ficam em casa a dormir. Pedem até dinheiro de energia… Outras vivem de extensões, de estômago vazio. Isso não é bonito, não essa vida que escolhi para mim”, rematou.