Devido à orfandade ou ao abandono viram a sua infância interrompida e tornaram-se chefes de família. Hoje, algumas destas crianças já atingiram a maioridade e, entre falhas e acertos, no meio de tanta vulnerabilidade fazem o que podem e vivem um dia de cada vez. Falamos de adolescentes e jovens que aprenderam a lidar com os desafios impostos pelo dia-a-dia nesta jornada. Apesar de possuírem como denominador comum a orfandade, cada uma delas tem as suas particularidades. Enquanto umas conseguem resistir às frustrações do quotidiano, outras, porém, estão – a cada dia que passa – a ser vencidas pelo cansaço.
Entretanto, mostra-se importante destacar o trabalho desenvolvido pelos comités comunitários de Protecção Social nos diferentes bairros, que têm ajudado a identificar as famílias e encaminhar os casos ao Ministério do Género, Criança e Acção Social, que garante a assistência destas crianças.
Neste âmbito, 10.115 agregados familiares chefiados por menores beneficiam de assistência social no país.
CANSADO E FRUSTRADO
Um dia de cada vez, é assim como vive a família chefiada por Hélder Ndove, há mais de cinco anos, desde que a mãe morreu. Hoje, este jovem, residente no bairro Hulene, tem 24 anos de idade e vende ferro velho para sustentar os irmãos. Leia mais…
Texto de Luísa Jorge
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