A empresa Águas da Região de Maputo está a instalar condutas auditoras para os centros de distribuição de Machava, Tsalala e Matola-Rio, município da Matola e distrito de Boane, respectivamente.
Os trabalhos estão em curso desde Março passado e visam melhorar o abastecimento de água potável aos clientes do FIPAG distribuídos nos bairros de Malhampsene, Tchumene, Tsalala e Machava, no Município da Matola, assim como os bairros de Juba e Jonasse, no Posto Administrativo da Matola-Rio, distrito de Boane.
Numa primeira fase, os trabalhos prosseguem na conduta que alimenta o centro de distribuição da Machava. Posteriormente, estender-se-ão ao canal que abastece o reservatório da Matola-Rio.
Actualmente, o abastecimento de água naqueles bairros é limitado, havendo clientes que passam uma semana, outros meses, até mesmo semestres sem nos seus quintais jorrar água.
Estas situações verificam-se com frequência nos bairros de Jonasse, no Posto da Matola-Rio, Malhampsene e Tchumene II, no Município da Matola.
Naquelas bandas os clientes compram água em camiões cisternas, outros ainda recorrem à abertura de furos, mas esta nem sempre é apropriada ao consumo por ser salobra.
O director da Área Operacional da Matola, Fabião Guiuele, disse que a situação deve-se a capacidade limitada de certos centros de distribuição.Para minimizar o problema, a distribuição é feita em turnos.
Por exemplo, o centro de Malhampsene, com a capacidade de 5 mil metros cúbicos, foi concebido para alimentar os bairros de Malhampsene, Tchumene, Mussumbuluco e Bile. O mesmo leva para os seus clientes entre oito a 12 mil metros cúbicos, por dia, sendo quatro a 6 mil, no período da manhã e outra parte no período da tarde.
O director reconhece que a quantidade não é suficiente e referiu que a situação poderá melhorar a partir do final do presente semestre, com a conclusão da montagem da conduta para o centro da Machava.
“Neste momento, não abastecemos alguns quarteirões de Malhampsene como é o caso da zona do quartel. Temos outras zonas onde a água não chega porque estão na zona alta. Outras estão longe do centro distribuidor, mas acreditamos que brevemente será melhorado”,disse.
SUSPENSÃO DE FACTURAS
O director da Área Operacional da Matola, Fabião Guiuele, disse que a sua direcção tem vindo, nos últimos tempos, a suspender a facturação de alguns dos seus clientes.
Trata-se de clientes que mesmo com contrato em dia não se beneficiam do serviço de abastecimento de água nas suas casas.
Com efeito, nos últimos tempos a empresa suspendeu 1800 clientes residentes nos bairros de Tsalala, Mussumbuluco e Machava.
Para a efectivação desta medida, a empresa formou equipas que percorrem nos bairros para a recolha dos sentimentos dos seus clientes sobre o funcionamento daquela instituição.
“Caso o cliente diga que não jorra água num determinado tempo, avaliamos o sistema e se for verdade, suspendemos a facturação com a promessa de um dia voltar a abastecê-lo”,explicou Guiuele.
Entretanto, a empresa Águas da Região de Maputo interceptou nos últimos tempos cerca de 552 ligações clandestinas, dos quais 71 foram apanhados entre os meses de Janeiro e Fevereiro do ano corrente e 481 durante o ano passado.
Governo expande sistema
de abastecimento para Grande Maputo
O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete, dirige amanhã, segunda-feira, as cerimónias de lançamento da primeira pedra do projecto de expansão do sistema de abastecimento de água à região do Grande Maputo.
O projecto compreende na construção de uma captação na barragem de Corumana, uma estação de tratamento de água em Sábiè, para além de duas estações de bombagem.
De acordo com uma nota de Imprensa do Ministério das Obras Publicas Habitação e Recursos Hídricos, as obras fazem parte de um acordo de financiamento celebrado entre o Governo moçambicano e o Banco Mundial na ordem de 178 milhões de dólares para a execução de obras de expansão do sistema principal de abastecimento de água para área de grande Maputo.
O mesmo visa aumentar a taxa de cobertura, beneficiando adicionalmente cerca de 560 mil pessoas nos municípios da Matola, Maputo e distrito de Marracuene.
Abibo Selemane
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