As unidades sanitárias estão abertas e preparadas para dar informação sobre os cuidados a ter com a pele, os olhos entre outros desafios de saúde inerentes aos albinos. Esta declaração foi feita pela Ministra da Saúde, Nazira Abdula, sábado último, em Maputo, durante a feira de saúde realizada no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Pessoa Albina, assinalado no dia 13 de Junho.
O referido evento foi organizado por associações de defesa dos albinos em coordenação com algumas instituições do Governo, como o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
Na ocasião, Nazira Abdula lançou um apelo aos pais de crianças com problemas de pigmentação da pele para que, regularmente, se aproximem das unidades sanitárias onde poderão receber instruções sobre o melhor acompanhamento a dar aos seus filhos.
Entretanto, várias foram as vozes levantadas em prol da observância dos Direitos da Pessoa Albina. Com o lema: “Comemore a Diversidade: Promova a Inclusão e Proteja os Nossos Direitos”, os representantes das associações de defesa do albino saudaram a participação e o empenho do Governo e parceiros e lançaram apelos para que “a sociedade olhe para nós como seres humanos como qualquer outro; merecedores de respeito, ou seja, que promova a igualdade”, palavras de Ihidina Mussagy, presidente da Associação Amor à Vida.
Por seu turno, a representante da Albimoz, Stela Banze, falou da necessidade de se apertar o cerco contra os criminosos que teimam em perseguir os cidadãos com problemas de pigmentação da pele. Com efeito, esses indivíduos “devem ser responsabilizados e levados à barra do tribunal”, como forma de demonstrar que “a cor não deve ser motivo para o indivíduo ser hostilizado; para que não tenha acesso à saúde, à educação, ao emprego…”.
No que toca especialmente à saúde, Stela Banze sublinhou a importância de alguns produtos ou medicamentos essenciais para o bem-estar dos albinos serem disponibilizados a preços subsidiados. “Falamos de óculos, protectores solares, entre outros”, esclareceu.
Entretanto, tendo em conta a ligação estabelecida entre os raptos e assassinatos a fins ligados à medicina tradicional, a AMETRAMO interveio para garantir que as suas práticas “não incluem o uso dos órgãos humanos nos tratamentos. Nós existimos para garantir a saúde das comunidades”. Para eles os referidos criminosos são indivíduos estrangeiros ou nacionais que agem a mando desses estrangeiros, sendo que “repudiamos esses actos e reafirmamos a nossa contribuição para que os Direitos Humanos sejam observados”. Assim sendo, “estamos prontos para colaborar com o Governo, agindo como parceiros e não sendo arrolado como o problema nesta luta”, asseverou.