– Vovó Laurinda Chiriro, 65 anos, residente em Maputo
Confiança é uma palavra que não deve faltar no vocabulário de qualquer mulher.
Mas saber controlar as emoções é também fundamental. É que uma mulher insegura costuma meter os pés pelas mãos, o que bastas vezes tem terminado na dissolução de casamentos ou fracasso de relacionamentos.
Importante se mostra, neste caso, trazer ao de cima que alguns daqueles comportamentos ou estados de espírito devem-se à infidelidade nos casais. Assim, mulheres há que sobem pelas paredes quando descobrem uma traição. Essas descobertas, muitas vezes, tornam-se possíveis através do aparelho celular do marido. Elas mexem, às escondidas, numa busca frenética por pistas que as levem às saranganes que lhes roubam os seus parceiros.
A propósito disso, a vovó Laurinda Chiriro, residente em Hulene, arredores da capital do país, alinhando no mesmo diapasão que as outras vovós, começou por apontar para a falta de respeito como principal factor para a infidelidade nas relações. “Nos meus tempos, a mulher respeitava o marido, apesar de a infidelidade ser condenável”. Ainda assim, aconselha as mulheres a não entrarem num taco-a-taco com os homens. “Não fica bem. Mulher que imita o homem oyentxekana (ridiculariza-se)”.
De acordo com a anciã, ridiculariza-se, igualmente, quando rastreiam a vida do marido fora de casa, daí que questiona: Adianta alguma coisa? A resposta vem em forma de ironia: “nunca vais conseguir trancar o homem em casa”. Entretanto, ainda que incrédula em relação ao acolhimento desta mensagem, pois, segundo ela, “dificilmente as nossas filhas ouvem os nossos conselhos”, sublinhou, mais uma vez, que o remédio está no respeito e no carinho. “Só assim o homem levará a mão à consciência e entenderá que você é o melhor que ele tem”, encerrou.