Quando se fala de vida a dois um facto não se pode negar: trata-se de junção de duas pessoas imperfeitas, que lutam para levar adiante um barco, que pela realidade do dia-a-dia tem tudo para ser furado.
É um assunto que exige paciência, de ambas as partes. A verdade é que “todo mundo” sonha com “um amor para chamar de meu, aquele amor que mexe com a cabeça e com o estômago”, dizem os versos de uma canção.
E sentir as borboletinhas de amor é até bom, sobretudo quando existe reciprocidade. O facto é que amar a solo “não está com nada”. A coisa torna-se mais grave quando sobre ele são acrescidos requintes de maldade, facto que ganha muito espaço quando o parceiro se apercebe que o outro está mergulhado numa dependência emocional. Mas, deixemos que a vovó Ermelinda Mutimucuio, residente em Maputo, em conversa com o jornal domingo, fale sobre o assunto.
Ela “denuncia” que “há muito sofrimento dentro das famílias. Os nossos filhos maltratam-se”. Observa que a situação fica mais penosa “porque as nossas filhas não foram criadas para aguentar algumas “consequências”. Nós (as mães) é que conseguimos engolir saliva, pensando o seguinte: é meu marido, é o papá das crianças… vou fazer o quê? Mas hoje, isso já não faz sentido. O tempo é outro. Há várias soluções, apesar de nós as mais velhas não estarmos alinhadas com isso.”
Entretanto, aponta que “é triste ver o que algumas mulheres sofrem. Muitas jovens envelhecem cedo devido aos maus-tratos no lar. É uma guerra!”, conclui.
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