– vovó Aventina Mondlane, residente em Maputo, ao domingo
A experiência do dia-a-dia indica que, de um modo geral, os jovens dos tempos que correm, sem querer desfocá-los na fotografia, não têm muita intimidade com instrumentos como chaves de fenda, martelos e quejandos. Com efeito, em situações em que a fechadura se desloca, o parafuso fica desapertado… o problema somente é resolvido quando quem vive desse trabalho é chamado.
Contudo, para que fique bem claro, aos nossos olhos, nada contra! Porém, aos olhos da vovó Aventina, ahhh… a coisa ganha outro sentido.
É que, conforme defende, “os nossos filhos, desde pequenos, devem aprender a fazer pequenos trabalhos, a consertar pequenas avarias, resolver alguns problemas que precisam de martelo” ou outro tipo de ferramenta. Entretanto, segundo a vovó Aventina, em conversa com o jornal domingo, moldar tais jovens é difícil, pois “eles acham que por terem estudado, não podem ‘vakhoma ahamela’ (não podem pegar no martelo). Mas, para falar a verdade, os homens de hoje são preguiçosos. Também há os que sentem vergonha, porque acham que por serem doutores…”. Assim, o que resta à família é gastar dinheiro para pagar quem desse trabalho vive, “quando o próprio homem da casa poderia fazer esse trabalho”, lamenta a vovó.