– vovó Telma Cumbane, residente em Maputo, em conversa com o domingo
Reflectir em torno da ideia de que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos parece ser um exercício difícil de se fazer.
Talvez seja por isso que pensamos que ter alguém do nosso lado – presença física – em todas as horas é o melhor que nos pode acontecer na vida. Desta forma, procuramos suprir a solidão, o vazio que, eventualmente, somente existe pela má gerência que fazemos da nossa existência.
Vale lembrar que a melhor companhia para nós somos nós mesmos. Devemos ser o amor das nossas próprias vidas, como nos têm dito pacientemente os palestrantes motivacionais.
E para quem esta ideia simplesmente não encontra espaço na sua mente, a vovó Telma Cumbane, residente em Maputo, em conversa com o domingo, faz questão de dizer muita calma nesta vida, afinal, “ninguém gosta de ser ‘acorrentado’. Não devemos impedir os nossos maridos de dar uma voltinha aos fins-de-semana, de sair com os amigos para se divertirem, porque nós próprias sentimos necessidade de o fazer de vez em quando. Deixa o marido respirar. Será que quando nós, mulheres, saímos vamos à procura de homens?”, questionou.
De qualquer modo, defendeu que essas saídas devem ser baseadas no “respeito”. Assim, “não é correcto ficar na rua, nas barracas até amanhecer. Deve saber ‘ir e voltar’. Respeitar a mulher e os filhos”, deste modo terminou a conversa da vovó Telma Cumbane com o domingo.