Amendoim ou castanha, café, leite e açúcar. Esta é a composição de um produto confeccionado, primorosamente embalado, comercializado, e que parece ter caído no regalo de muitos cidadãos da capital do país.
Desde as primeiras horas da manhã, em quase todos os pontos que dão acesso à metrópole, nas imediações do Hospital Geral José Macamo e na esquina das Avenidas Angola e Joaquim Chissano, encontram-se posicionados comerciantes destes acepipes, exibindo um semblante de tranquilidade, típico de quem tem a certeza do sucesso na venda do produto.
Se o negócio vai muito bem e obrigado, sobre a sua origem, condições de fabricação e informações relativas ao próprio fabricante quase nada se sabe.
Entretanto, na troca de impressões que o domingo teve com alguns cidadãos adeptos do produto, um facto ficou evidente: consumir noguetes está na moda! Sobretudo para a ala dos que estão determinados em seguir uma dieta que os faça perder alguns quilinhos. Até porque, conforme disseram os consumidores de plantão, o alimento dá alguma sensação de saciedade, uma ilusão que aqui é anulada por Sousa Gastão, especialista em nutrição.
Retornando às condições de fabricação, a nossa reportagem ouviu de alguns negociantes do produto que não existem sofisticações e muito menos salamaleques para conseguir colocá-lo à disposição da clientela. Basta ter: “amendoim, açúcar e… uma garrafa e uma panela”, enumerou Eugénio Langa, residente nos arredores da cidade de Maputo, fabricante e vendedor desde 2014.