Adquirir produtos para pele em lugares quentes, como contentores e bancas ao ar livre, é um verdadeiro atentado à saúde. O negócio parece ser relativamente bom para quem o pratica, já que existem clientes em número elevado, por causa da atractividade dos preços. Só para se ter uma ideia, um produto para hidratar a pele pode partir de 15 meticais, uma facilidade ilusória para quem adquire.
Mas, a verdade é que profissionais da indústria farmacêutica advertem: optar por cosméticos expostos ao calor é arranjar sarna para se coçar. “É que a incorrecta exposição ou má conservação levam à deterioração dos componentes, resultando em produtos nocivos à saúde. Esses problemas são a curto e longo prazos. Os últimos são mais graves, pois a pessoa agride, repetidamente, a pele sem ter noção do problema, até chegar a uma fase em que a pele apresenta uma condição muito grave, como por exemplo cancro”, afirmou Lucilo Williams, farmacêutico.
Mas a lista dos males é relativamente extensa: dermatologistas falam de acne, irritação, alergia, entre outros. O alerta aparece, precisamente, para derrubar a ideia segundo a qual a aplicação de cremes é inofensiva, que pode ser feita ao critério e gosto de cada um.
De acordo com o Eng. Antonio Langa, há perigo, sim. Por exemplo, a exposição de produtos cosméticos à radiação solar é responsável pela deterioração dos mesmos devido à oxidação dos componentes dos produtos. A título de exemplo, os componentes dos cosméticos responsáveis por conferir o odor, são muito voláteis e com a incidência da radiação evaporam, deixando o cosmético sem as suas propriedades desejadas. Outro exemplo é a elevação da temperatura do vidro no verniz, que provoca a evaporação dos componentes mais voláteis no produto e reduz a homogeneidade da mistura e periga a sua aplicação. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
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