COMEÇAM hoje e à escala nacional, os exames finais do Ensino – Geral, onde ao todo serão examinados 1.491.564 candidatos. Os números dos examinandos representam uma subida em 5.2 por cento comparativamente ao
ano anterior, assim como o aumento em 5.3 por cento, o número de centros de realização dos exames, que se situam na ordem de 17.384 em todo o território nacional.
Para este ano, de acordo com o Ministério da Educação, a particularidade dos exames reside no facto de 326 alunos que irão ser submetidos aos testes em condições especiais por serem portadores de alguma deficiência visual e que precisam de tradução em braille. Alfabetização e Educação de Adultos, Ensino Técnico Profissional e Básico do ramo Industrial e Comercial, assim como os formandos do Instituto de Formação de Professores, já realizarem os exames, aguardando pela divulgação dos resultados.
Para hoje, os primeiros a entrar em prova são os alunos da 10ª e 12ª classe, devendo-se prolongar até a próxima sexta-feira, devendo os alunos da 5ª e 7ª realizar os seus testes entre os dias 12 e 14 do mês em curso. O Ministério da Educação fixou o dia 14 de Dezembro, como data limite para a realizar dos exames tanto da primeira, assim como da segunda época, facto que fará com que todos os candidatos possam gozar a festividades do final do ano com os resultados conhecidos.
Os alunos da 10ª classe começam realizando exames de Português e Historia, para na terça-feira realizar Inglês e Química, seguindo-se na quarta-feira as disciplinas de Geografia e Física. Na quinta-feira irão realizar apenas o exame de Matemática, devendo terminar na sexta-feira com os testes de Biologia e Educação Visual. Já para a 12ª classe, os alunos iniciam hoje com os exames de Português e Introdução a Filosofia, amanhã realizarão testes de Inglês e Química, para na quarta-feira ser a vez de Francês e Física. Para a quinta-feira, os mesmos serão submetidos aos exames de Matemática e Historia, devendo na sexta-feira serem realizados três exames, nomeadamente Geografia, Desenho e Biologia.
Enquanto isso, os alunos da 5ª classe serão submetidos no dia 12 aos exames de Português e Ciências Naturais, para no dia 13 realizarem apenas a prova de Matemática. No dia 14 serão submetidos a dois exames, nomeadamente, Ciências Sociais e Educação Visual. Enquanto isso, os alunos da 7ª classe iniciam os testes no dia 12 com Português e Ciências Naturais, para dia seguinte realizarem Matemática e Inglês, e por fim, no dia 14, serem submetidos aos exames de Ciências Sociais e Educação Visual.
Até aqui, o sector já investiu mais de 70 milhões e 400 mil meticais em despesas relacionadas com o transporte dos exames do ensino secundário (10.ª e 12.ª), impressos fora do país, para a cidade de Maputo. Os custos, segundo a fonte, foram aplicados no transporte de exames da cidade de Maputo para as capitais provinciais e aos centros de realização.
Contudo, o sector volta a apelar a todos intervenientes neste processo, sobretudo professores e alunos, para que não se envolvam em esquemas de fraude, visto que este tipo de irregularidades tem estado a causar muitos prejuízos aos sector, que tanto dinheiro investem para a realização dos mesmos. O apelo do MINED é no sentido, ainda, dos professores evitarem passar respostas aos alunos via celular ou por outras formas, apelando, para o efeito, que ninguém seja portador do aparelho dentro da sala de aulas.
O Sindicato Nacional dos Professores (ONP) já veio a público exortar aos professores e outros funcionários do sector da Educação a evitarem envolver-se em fraudes académicas nos exames. A organização alerta que não sairá em defesa dos que teimarem em praticar casos ilícitos. O vice-ministro da Educação, Itai Meque, vai acompanhar, a partir de hoje, o processo dos exames nos distritos das províncias de Gaza e Inhambane, enquanto que outras brigadas do MINED estarão nas restantes províncias com vista a apoiar para que tudo decorra conforme o previsto.
Devido ao seu envolvimento em esquemas de fraudes no processo de exames passado, 29 professores envolvidos em casos de fraude académica foram penalizados pelo sector. As medidas vão desde a expulsão, demissão à responsabilização disciplinar.
Outros três directores de escolas cessaram funções, alguns expulsos e demitidos devido à sua conivência em casos de fraude académica nos exames. Outro grupo, desta feita composto por sete directores-adjuntos pedagógicos, foi demitido pelos mesmos motivos e um funcionário do Estado, mas não afecto ao sector da Educação, também foi expulso por se ter provado o seu envolvimento em esquemas de fraude.
A maior parte dos penalizados recaiu aos alunos, tendo 256 reprovado devido ao seu envolvimento em esquemas fraudulentos durante a realização dos testes. Outros reprovaram por terem chegado tarde à sala de exames e, conforme rezam os estatutos, ficam proibidos de realizar os testes.