Pacientes com doenças coronárias, que beneficiaram, há dias, de cirurgia com recurso às novas tecnologias, foram submetidos a essa operação com sucesso, de acordo com dados avançados por Domingos Diogo, médico cardiologista e Director Clínico do HCM.
Entretanto, de acordo com este médico cardiologista, até à semana finda, acima de dez doentes diagnosticados com doenças coronárias encontravam-se na lista de espera para beneficiar do novo serviço de cirurgia, implementado pela primeira vez numa unidade hospitalar pública do país.
A nova tecnologia, avançou Dr. Diogo, vai permitir que o serviço de Saúde Pública responda à demanda, no que diz respeito ao perfil epidemiológico que se verifica ao longo dos tempos nesta área.
“Nas consultas de cardiologia, temos diagnosticado, por semana, um a dois pacientes com doenças coronárias, o que faz com que o Serviço de Saúde Pública se sinta se na obrigação de intervir nesta área de forma mais profícua, referiu.
Para o efeito, serão operados por semana três pacientes em intervenções que podem levar, cada uma, três a quatro horas.
Para a realização das cirurgias, o HCM conta com uma equipa médica sénior composta por quatro cardiologistas e igual número de anestesistas, três cirurgiões, dois instrumentistas, um psicólogo e dois fisioterapeutas, dos quais um na reanimação e outro na enfermaria.
De referir que esta equipa é composta por médicos e enfermeiros nacionais treinados na Espanha.
CIRURGIAS SERÃO GRATUITAS
De acordo com o Director Clínico do HCM, Domingos Diogo, os novos serviços de cardiologia serão realizados a título gratuito e espera-se que possam responder à demanda que se regista nesta área, que até um passado recente era apenas satisfeita pelo Instituto do Coração.
Destaque-se que no sector privado, esta cirurgia chega a custar até 35 mil dólares.
Dados avançados pelo Director Geral do HCM, João Fumane, indicam que parte dos pacientes recorria a serviços oferecidos em países como França, Portugal e Índia.
Recorde-se que o HCM iniciou intervenções cirúrgicas ao coração em 2007, nesta altura apenas realizava cirurgias a coração aberto.
Luísa Jorge
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