Mais de duzentos trabalhadores da Baleia Segurança, na cidade de Maputo, queixam-se da falta de pagamento dos seus ordenados desde o mês de Novembro do ano passado.
Para além desta privação, denunciam condições precárias de trabalho, o não pagamento de horas extras e a não remuneração por acumulação de funções, entre outras alegadas irregularidades protagonizadas pela entidade patronal.
Segundo aqueles trabalhadores, o patronato prometeu regularizar a situação de salários até dia 16 do corrente mês, o que não aconteceu. Assim sendo, alguns funcionários já abandonaram seus postos de trabalho.
Em conversa com o domingo, M. Salomão, trabalhador há mais de cinco anos naquela empresa de segurança, disse que os trabalhadores tentaram, sem sucesso, dialogar com a direcção da empresa, mas esta mostrou-se indisponível.
“Eu aceitaria, pelo menos, o pagamento de três ou dois meses, pois tenho que pagar as mensalidades da escolinha do meu filho, que está prestes a ser expulso”, lamentou.
I. António, outro funcionário, mostrou-se agastado com o facto de a empresa não conseguir negociar com os seus trabalhadores. “Quando submetemos o documento reivindicativo ao Ministério do Trabalho (MITRAB),os dirigentes ameaçaram expulsar-nos, numa altura em que o custo de vida subiu. Precisamos desse salário para arcar com algumas despesas básicas e transporte”.
Por seu turno, D. Sitoe, manifestou descontentamento por causa das condições de trabalho, uma vez que as pessoas trabalham 24 horas, sem descanso.
“É muito difícil trabalhar sem descanso, e o mais grave é que temos ficado sem salários. Solicitamos as autoridades competentes para mitigarem essa situação”, apelou.
Entretanto, trabalhadores daquela empresa submeteram um documento ao Ministério de Trabalho (MITRAB), que descreve as irregularidades protagonizadas pela entidade patronal, sendo que até ao presente momento não tiveram resposta.
A nossa Reportagem tentou, sem sucesso, contactar a entidade patronal da Baleia Segurança.