Alguns artistas moçambicanos que participaram na VI Bienal dos Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na cidade de Salvador da Bahia, no Brasil, receberam vários convites para tomarem parte numa série de eventos de cariz cultural, os quais terão lugar no próximo ano em algumas cidades dos Estados membros desta organização lusófona.
Zubaida Rogério, 19 anos de idade, cantora, Pinto Musica, 21 anos estilista, Nércio Duvane, 26 anos, modelo, são apenas alguns dos jovens criadores moçambicanos que impressionaram positivamente a plateia, bem como os “olheiros” de algumas agências de promoção de eventos de moda, música e outras produções artísticas de diferentes países da CPLP.
Na sequência do excelente desempenho dos artistas moçambicanos na VI Bienal começaram, ainda na Bahia, a “chover” convites, propostas e/ou manifestações de interesse em ver alguns destes jovens criadores a participarem em vários projectos e eventos culturais que terão lugar no próximo ano, quer no país anfitrião do evento (Brasil) assim como em Portugal, Angola e Cabo Verde.
Um dos momentos mais altos das actividades culturais previamente programadas para corporizar a VI Bienal de Jovens Criadores da CPLP, com duração de 5 dias (de 3 a 7 de Dezembro corrente), foi vividono último dia do evento,em Pelourinho, na parte alta da cidade de Salvador da Bahia, que foi a primeira capital do Brasil.
O Pelô, nome pelo qual os baianos e não só tratam o Pelourinho, foi o centro de convergência de mais de 200 jovens artistas e outros elementos integrantes das oito delegações desta organização lusófona. Naquele local, que durante a época do Brasil colonial eram concentrados e traficados escravos, desfilaram num animado cortejo na Praça Terreiro de Jesus, proclamando: “Valeu Zumbi” e dando “Vivas” a Mandela, numa espécie de homenagem póstuma ao ex-presidente sul-africano e líder da luta anti apartheid, que perdeu a vida o passado dia 6 de Dezembro.
Quem foi a praça do Pelourinho teve ainda a oportunidade de assistir às últimas apresentações dos artistas de Angola, que agitaram a plateia com músicas e danças tradicionais; de Portugal, representado pelo grupo Ararur, que propõe uma nova forma de executar o chamado Word Music e Jazz; e do país anfitrião, o Brasil, com a Orquestra de Barro do Ceará, destacando-se pelo figurino, instrumento e talento de seus integrantes.
Segundo o coordenador de Políticas de Juventude da Secretaria Estadual de Relações Institucionais, Vladimir Costa, a VI Bienal dos jovens criadores da CPLP cumpriu o seu objetivo no sentido de que permitiu “promover a troca de experiências e debater políticas públicas voltadas para este segmento social”.
“Esperamos que a próxima edição, em Moçambique, no ano de 2015, e as demais também consigam proporcionar a integração e o fortalecimento desta comunidade lusófona”, disse a mesma fonte, destacando o alto nível de disciplina e cordialidade que caracterizou, no geral, todas delegações participantes nesta VI Bienal que encerrou em grande estilo com a actuação da baiana Márcia Short que deu o seu show no Terreiro de Jesus, Pelourinho.