A desordem e o desrespeito tendem a enraizar-se nas escolas. O processo de ensino e aprendizagem passou a ter “casos de polícia”. Alunos consomem álcool, drogas e ameaçam, com recurso a canivete, os colegas de turma. Relatos de gestores escolares e, sobretudo, de colegas que sofrem e vivenciam o caos diariamente são arrepiantes. Até crianças de 13 anos de idade arrastam-se bêbadas para a sala de aula. Outras ainda dão o seu “show’”empoleirando-se em viaturas estacionadas no recinto escolar para fazer danças sensuais. A do director da secundária da Machava-sede já serviu de palco para este espectáculo reprovável, que ocorre sobretudo às sexta-feiras e transformou-se em ritual, cujo manual prevê a existência de mochilas de costas, livros, cadernos, esferográficas e “frascos de gin, lord, top 20, normalmente misturados com frozzy”, denunciam professores e alunos, em conversa com o domingo.
Cleide, aluna da 9.ª classe na Escola Secundária Noroeste II, afirma que os alunos infractores, para além de beberem, “fumam (drogas), insultam os professores” e, em seguida, “carregam as pastas e vão embora; gazetam as aulas, principalmente das sextas- -feiras”. Outro colega de classe, Aires, conta que já viu muitas cenas deprimentes sobretudo nas imediações da escola. “Eles consomem bebidas alcoólicas, fazem muito barulho e ameaçam a quem demonstra não gostar desse comportamento”.
E a onda do mal estende-se por outros lugares e faz cada vez mais vítimas. Darlene, aluna da 10.ª classe na Escola Secundária Estrela Vermelha, traça um quadro semelhante ao dos colegas da Noroeste II. Reforça que ver colegas embriagados na sala de aula passou a ser comum. O consumo é feito praticamente “nas barbas” dos professores, já que “eles metem o álcool nos bebedouros”, para que se pense que se trata de água ou sumo, diz Darlene. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
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