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Académicos discutem papel do comunicador

Por admin

A importância da imprensa na construção da cidadania foi matéria de debate, sexta-feira última, em Maputo, em seminário organizado pela Escola de Jornalismo, cujo tema central foi “Desafiosda Comunicação na Construçãoda Cidadania: O Papel daEscola de Jornalismo”.

Numa altura em que se assiste
ao desenvolvimento a vários
níveis, o comunicador, de uma
forma geral, e, particularmente o
jornalista, joga um papel importante
na promoção de matérias
essenciais para o cidadão, facto
destacado por Emília Moiane, ao
proceder à abertura do evento,
em representação do Primeiro-
-Ministro, Carlos Agostinho do
Rosário.
A directora do Gabinete de
Informação (GABINFO) salvaguardou
o desiderato do Governo
que, através do Plano Quinquenal
2015/2019, visa assegurar
serviços de comunicação social
e informação de qualidade, com
a finalidade de promover a educação
cívica e consciencialização
da população moçambicana com
vista a melhores práticas de cidadania.
Contudo, referiu Emília Moiane,
“este objectivo só pode ser
alcançado se tivermos profissionais
com boa formação,
que favoreçam a formação de
uma sociedade mais clara,
consciente dos objectivos da
Governação e suficientemente
participativa das acções do
Governo”.
Com efeito, a Escola de Jornalismo
cumpre o seu papel, desde
o ano de 1977, facto afirmado
por Américo Xavier, director
desta instituição, agarrando-se
“no compromisso de continuar
a servir, formando homens
e mulheres nas complexas e
gratificantes matérias da comunicação”.
O papel da EJ, continuou o
director, ultrapassa as fronteiras
das salas de aula e baseia-se “no
princípio da abertura e disponibilidade”,
promovendo a aproximação
entre os cidadãos, auscultando
e explorando diferentes formas de ver, ser e estar.
Respondendo aos objectivos
do seminário, ao nível das redacções,
há que reflectir sobre
“Como o jornalismo pode desempenhar
um papel importante
na construção da cidadania”,
e, acima de tudo, “Em que
medida o jornalista está ciente
do seu papel na construção da
cidadania?”. Estas questões foram
levantadas por Alfredo Dacala,
jornalista e Director Editorial
do semanário domingo, um dos
oradores do referido seminário.
Na sua comunicação sublinhou
a importância dos profissionais
da Comunicação Social estarem
ao serviço da Nação, pois
“há jornalistas que escrevem
textos fingindo defender os interesses
da Nação, afinal tão-
-somente, defendem o que lhes
convém. Portanto, o que se vê
é que não há um compromisso,
efectivo, com a construção da
cidadania”, considerou.
Para Alfredo Dacala, esta realidade
prejudica a Nação, uma
vez que “ainda vivemos numa democracia que está em construção
e por isso a própria cidadania
se encontra em construção”.
Ainda assim, “o jornalista
deve estar ao lado da cidadania
e do cidadão comum e
zelar pelos interesses da sociedade”,
primando pela função
educativa a ele inculcada. Citando
Augusto de Carvalho, jornalista
que perdeu a vida em 2012, salientou
que “o jornalista quando
escreve não o faz para a família
ou para os amigos… está comprometido
com o povo…”.
Destaque-se que no evento
foram apresentados, por diferentes
académicos, temas como
Relações Públicas e Publicidade
e Marketing na Comunicação
para a cidadania; A importância
da Cidadania Fiscal; A Documentação
na Formação do Cidadão,
e A Comunicação na Ciência, na
Cultura e nas Artes na concepção
da Cidadania, ligados aos cursos
de Jornalismo, Relações Públicas
e Publicidade e Marketing leccionados
na EJ.

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