O sangue continua a derramar nas estradas da província de Manica, no centro do país. Em apenas seis meses deste ano, 52 pessoas perderam a vida vítimas de acidentes de viação. Durante este período Manica registou 85 sinistros que resultaram em 148 feridos, dos quais 62 graves e 86 ligeiros, para além de danos materiais avultados nas viaturas.
Despiste e capotamento, choque entre viaturas, atropelamento carros-peão e choque carro-ciclistas são apontados como sendo acidentes que causaram mais mortes nas principais estradas da província.
Maior parte destes acidentes ocorreu na cidade de Chimoio e nos distritos de Gondola, Vanduzi, Manica, Báruè e Guro, regiões atravessadas pelos principais corredores rodoviários, nomadamente Beira e Tete.
Quando comparados com primeiro semestre do ano passado, estes números indicam ligeira diminuição nos casos de acidentes e suas consequências. Dados em poder do nosso jornal indicam que em 2014 os acidentes fizeram 88 óbitos, o que representa uma redução em 36 mortos.
Ainda durante os seis meses do ano transacto, 50 pessoas contraíram ferimentos graves como consequência dos acidentes e outras 91 tiveram traumatismos superficiais e beneficiaram de tratamento ambulatório.
O chefe do departamento da Relações Públicas no Comando provincial da PRM, em Manica, Bartolomeu Amone, referiu que maior parte dos sinistros tiveram como principais causas o excesso de velocidade, condução em estado de embriaguês, má travessia do peão e desrespeito as regras de trânsito.
Apesar de os números mostrarem ligeira redução, Bartolomeu Amone disse que desafios persistem e a Polícia continuará a trabalhar para que as estradas não sejam corredores de morte.
Para isso, segundo a nossa fonte, a corporação esta desenvolver campanha de fiscalização rodoviária e sensibilização aos automobilistas no sentido de fazer respeitar as regras de trânsito.
Trabalhos similares decorrem nas escolas e outros locais de grande aglomerado populacional visando educar os cidadãos sobre os cuidados a ter na via púbica.
SITUAÇÃO CRIMINAL ESTÁVEL
Entretanto, no período em alusão, a Polícia da República de Moçambique controlou e registou 92 casos criminais contra 95 notificado no primeiro semestre do ano passado. Todos casos foram esclarecidos, segundo deu a conhecer aquele chefe de departamento.
Roubos, ofensas corporais e outros tipos de furtos são crimes que continuam a marcar o dia-a-dia nas comunidades. Na origem destes delitos está a ambição material, problemas passionais e consumo excessivo de álcool.
Domingos Boaventura