Foi para realizar o sonho do seu pai, Afonso Francisco, empregado doméstico, e da sua mãe, Evangelina David, modista, que em 1972, aos 17 anos, Matilde Basílio inscreveu-se no curso de enfermagem na Escola Calouste Gulbenkian, na então Lourenço Marques (Maputo). Acumula 48 anos inteiramente dedicados a esta profissão descrita por ela como símbolo de acolhimento, cuidado e trabalho árduo.
É natural da Maxixe, província de Inhambane, mas nunca lá viveu, afinal durante todas as gestações a mãe que vivia em Maputo viajava para aquela província para ter os filhos junto dos pais.
Terceira filha de seis irmãos, sempre foi dedicada aos estudos, o que lhe valeu o título de melhor aluna do seu curso e lhe rendeu uma colocação na clínica de Maxaquene, actual sede da Ordem dos Enfermeiros, onde trabalhou até o Governo de Transição, em 1974.
Tamanho comprometimento com a profissão fez com que em 1975 fosse enquadrada no aparelho do Estado. Inicialmente foi afecta na então Vila Cabral, Lichinga, província do Niassa, onde permaneceu por apenas oito meses. Depois rumou para Quelimane, na província da Zambézia, onde trabalhou como auxiliar de enfermagem.
O rosto do domingo desta edição sempre alimentou o desejo de aprofundar os seus conhecimentos na área. “Sempre procurei me aperfeiçoar para melhor servir o doente”. E foi investindo nos estudos que ela conseguiu essa proeza. Leia mais…
TEXTO DE HERCÍLIA MARRENGULE