TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE
PRETILEIRO.MATSINHO@SNOTICICAS.CO.MZ
Ivandro Sigaval faz parte do grupo de jovens que está a trilhar um caminho notável na arte moçambicana. Poeta, declamador, escritor, activista social, mestre de cerimónias… a lista é extensa.
Nos últimos anos, tem sido uma das vozes mais destacadas da poesia falada, com reconhecidos prémios nacionais e internacionais.
Em 2019 venceu “Moz Slam”, um concurso de poesia falada; ficou em segundo lugar no “Slam Viral”, batalha de poesia falada envolvendo artistas dos PALOP; ficou em primeiro lugar no “MozAngola Slam” de 2020; no ano passado garantiu o primeiro lugar no “Slam Tundawala”, realizado em Angola, e ainda estreou o programa “Ao pé da letra: telejornal da literatura moçambicana”. Para fechar 2023, recebeu o galardão de “Melhor Poeta do Ano” pela Moz Hip-Hop Awards, iniciativa que já vai na sua segunda edição. Eis o rosto do domingo.
Ivandro nasceu na cidade de Quelimane. Cedo percebeu que havia um poeta humanista dentro de si, crescendo com desgosto ao presenciar actos de indelicadeza do seu progenitor para com a sua mãe. Daí que se serviu da literatura para denunciar e expor outros tipos de abusos que as mulheres do seu bairro, 1.º de Maio, sofriam.
É em Quelimane onde começou a declamar, ladeado de jovens amigos como Obedes Obadias que, juntos, participaram em saraus e noites de poesia, numa altura em que “ainda havia muitos fatos e gravatas na poesia, a declamação era academicista, elitista e formal, em que tinhas de controlar o que era dito”, afirma. Leia mais…
