Saiu de Nampula para Maputo a fim de estudar jornalismo. Na capital do país, recebeu a notícia de que devia voltar à casa. Motivo: não tinha onde morar. Mas o homem resistiu. Hoje enche o peito de orgulho porque teve um percurso que valeu a pena.
Quando faltam poucos dias para os 40 anos deste semanário, domingo apresenta o percurso do jovem que na Redacção se ocupa de assuntos criminais.
Como é que chegou ao jornalismo?
Escutava rádio todos os dias e comecei a encantar-me com a forma de falar dos locutores. O meu pai, que trabalhava na Boror, vendo esse meu interesse inicial pelo jornalismo, começou a trazer revistas e jornais.
Certo dia, vi um anúncio sobre exames de admissão para a Escola de Jornalismo em Maputo.
Acabei seguindo para a cidade de Nampula onde me inscrevi. Fiz exames e fui admitido.
Contudo, a Escola de Jornalismo só queria matricular quem tivesse família em Maputo. Mesmo assim, desloquei-me a Maputo, tendo chegado no dia 6 de Abril de 2003, um domingo.
Já em Maputo, a Escola de Jornalismo questiona-me se tinha família aqui. Porque respondi que “não”, o então director administrativo decidiu providenciar dinheiro de transporte para eu voltar a Nampula, porque não havia condições para ficar no internato. Resisti e acabei ficando no internato. Leia mais…
TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE
pretilerio.matsinhe@snoticicas.co.mz