Cerca de quatro mil pessoas, entre elas 20 líderes internacionais, assistirão hoje ao funeral do ex-presidente sul-africano, em Qunu, cidade do sudeste do país, onde Nelson Mandela nasceu e cresceu.
Segundo informou o Governo sul-africano numa nota de Imprensa, participarão da cerimónia privada membros da coroa como o príncipe Charles e o rei de Lesotho.
Entre os chefes de Estado convidados para a cerimónia estão o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Dessalegn, e os presidentes da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, e Malawi, Joyce Banda. Também participarão os primeiros-ministros da ilhas caribenhas San Vicente e Granadina, Ralph Everard Gonçalves, e de Saint Kitts e Nevis, Denzil Douglas.
Entre os líderes internacionais que confirmaram a participação estão o vice-presidente do Irão, Mohammad Shariatmadari; o da Nicarágua, Omar Hallesleven Acevedo; e o da Zâmbia, Guy Scott. Além disso, estarão presentes o ex-primeiro-ministro francês Alain Juppé e o ex-presidente Lionel Jospin, assim como o ex-presidente norueguês Jens Stoltenberg e o da Zâmbia Kenneth Kaunda.
Também marcarão presença membros de organizações internacionais como a União Africana, que será representada pela presidente da sua comissão, Nkosazana Dlamini Zuma, e o delegado da União Europeia na África do Sul, Roeland van der Geer. A lista ficará completa com os ministros e ex-ministros da Nigéria, Malawi, Lesoto, Tanzânia, Zâmbia e Etiópia, junto com o reverendo americano Jessie Jackson.
O funeral de Mandela será uma cerimónia privada com os seus familiares, representantes do governo sul-africano e dignatários internacionais.
A ministra sul-africana de Relações Exteriores, Maite Nkoana-Mashabane, disse sexta-feira última que o Executivo avalia “o apoio contínuo mostrado pela comunidade internacional desde a morte de Mandela a semana passada”.
"É reconfortante ter entre nós líderes e outros dignatários que representam a comunidade internacional neste momento de dizer adeus a Mandela”, disse a ministra.
Recordar que Nelson Mandela morreu na noite de 5 de Dezembro. Há meses que ele combatia uma infecção pulmonar. Logo após o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciar oficialmente o falecimento, líderes mundiais prestaram homenagem ao principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul.
No dia seguinte, jornais de todo o mundo repercutiam a notícia da morte em suas páginas. Milhares de sul-africanos se reuniram em frente à sua residência, ou em lugares onde ele morou, para homenagear o herói nacional.