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Potencial adormecido na ginástica desportiva

Por Jornal domingo

TEXTO DE LUÍSA JORGE

FOTOS DE JERÓNIMO MUIANGA E CARLOS UQUEIO

É arte corporal por excelência. Permite manipular o corpo através de movimentos que exigem dos praticantes força, flexibilidade e, acima de tudo, equilíbrio. Os ganhos são nobres; ajudam no desenvolvimento físico e mental, sobretudo das crianças.

Manhã de sábado. No meio do extenso ginásio do Clube Ferroviário de Maputo, adolescentes iniciam o aquecimento para mais um treino. Hortência Mulheia é uma das praticantes. Tem 16 anos de idade e frequenta a 11.ª classe.

Sob orientação do treinador João Pinto, a pequena praticante dá alguns passos em direcção ao centro do ginásio e, a solo, exibe números de ginástica artística.

Inicia com um movimento preparatório para acrobacias (flic- -flac), que é seguido de um pino de cabeça, com as pernas afastadas. Depois executa uma carpada, que é um movimento que se faz com as pernas estendidas e termina com a abertura do quadril, tecnicamente conhecido como espacate frontal.

A sequência de tais movimentos deixa-a com a respiração ofegante. Ainda assim, isso não lhe retira o sorriso no rosto. É o seu primeiro dia de treino no clube. Está entusiasmada com os novos colegas. Diz ter sido bem recebida.

Autodidacta por excelência, Hortência explica-nos que a sequência de movimentos exibidos resulta de três anos de treinos caseiros. Aprendeu a imitar o que via num seriado televisivo sobre ginástica artística uma vez que durante anos alimentara o sonho de frequentar uma escola de ginástica. Chegou, de forma incómoda, a pressionar a mãe para matriculá-la numa escola da especialidade. Leia mais…

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