A entrevista com o médico Prassad Modcoicar, Director de Serviço de Gastroenterologia do Hospital Central de Maputo (HCM), adstrito ao Departamento das Medicinas, levou muitos dias para acontecer. E nem foi por mal. É que o trabalho exige muito dele e da equipa que lidera. Mas no fim foi gratificante.
Desaguamos na Enfermaria de Gastroenterologia numa manhã de quinta-feira. Os ponteiros do relógio marcavam exactamente 9.00 horas. Nem mais um segundo. Na sala de espera estavamais de uma dezena de pacientes, doentes e acompanhantes. Inspiramos fundo a ver se sentíamos aquele cheiro a hospital que lembra uma mistura de álcool e penicilina, tetraciclina, entre outros. Sniffff… sniffff… e nada. Por ali era tudo asseio.
Felizes, aproximamo-nos do guichet da enfermaria onde fomos profissionalmente atendidos. Minutos mais tarde éramos recebidos pelo médico Prassad. Encontrámo-lo como já o tínhamos visto várias vezes aquando do início dos contactos para este trabalho. Isto é, enérgico, alegre e irradiando confiança. O efeito da bata branca caiu-nos como um bombom para o que iríamos assistir horas depois.
Como nos acontece quase sempre ao longo de anos em todas as unidades sanitárias por onde passamos para fazer trabalhos do género, na Gastroenterologia também fomos convidados para assistir a um procedimento. Endoscopia. A intervenção cingiu-se ao estômago.
Vestidas as batas e com as máscaras tapando-nos o nariz e a boca entrámos para a sala do exame. Segundos depois constatávamos que a equipa do médico tratava a matéria por tu. Ali estava toda uma equipa completa. Médica anestesista, instrumentista, enfermeiras, médicos em pós-graduação e o cérebro de toda aquela técnica médica, Dr. Prassad. E… arrancou a cirurgia, pouco invasiva.
A cirurgia durou cerca de 45 minutos, e consistia na remoção de vários pequenos pólipos, e o diálogo era mais ou menos este: “primeiro devemos remover os mais pequenos. “Abre”. “Fecha”. “Abre”. “Fecha”. – E deste modo a enfermeira assistente acatava as ordens usando a pinça endoscópica. – “Com os pequenos, nunca se deve usar ansa de polipectomia, só para pólipos grandes. Se não tem pedículo, devemos criar o pedículo, injectando na base soro fisiológico misturado com adrenalina diluída. Veja este pedículo grande”, e contínua.
Todos estes procedimentos eram feitos com os olhos de toda a equipa postos no monitor enquanto Dr. Prassard manipulava os comandos daquilo que parecia ser um joy stick de Playstation.
Terminada a intervenção, o médico garantiu-nos que a paciente teria alta dentro de pouco mais de duas horas. Porém e para percebermos melhor o que tínhamos presenciado, pedimos-lhe que dissertasse sobre o assunto.
“Tínhamos uma paciente com múltiplos pólipos (tumores) no estômago e fizemos aquilo que na nossa linguagem técnica chama-se polipectomia endoscópica, que faz parte da cirurgia endoscópica. Removemos alguns pólipos com pinça apropriada num tratamento minimamente invasivo que em outras circunstâncias teria de ser feito por cirurgia”.
Questionamos-lhes se caso a paciente não se tivesse submetido àquele procedimento que consequências poderiam advir. A resposta surgiu rápida. “maliglinização. Esses tumores se não são tratados depois de alguns anos podem acabar em cancro. Este paciente terá de vir ao controlo dentro de três meses. Alguns pólipos não tinham pedículo, não tinham pé, então tínhamos de meter soro fisiológico e adrenalina diluída, um injectável no sentido de levantar e criar um pedículo de modo a facilitar na remoção.
Com esse procedimento qual era ou é a ideia? Questionamos. “A ideia é de não sangrar. Provocar o pedículo para poder removê-lo facilmente. E nós temos a fonte electrocirúrgica que corta e coagula em simultâneo e isso é feito por via endoscópica e é uma maneira de ser minimamente invasivo aos pacientes”.
Fazemos-lhe notar que começou pela remoção dos polipos mais pequenos e posteriormente os maiores.
“Sim. Os polipos mais pequenos não precisam que se faça polipectomia. Temos que tirar com pinças de biopsia endoscópica”.
A anteceder a intervenção a que presenciamos, o Dr. Prassad tinha intervencionada uma criança de três anos de idade. “Vinha com problemas do cólon.”
“ O médico cirurgião transferiu-o para nós fazermos um exame. Pensava que o recto saia para fora. Fizemos uma colonoscopia. Tinha um tumor pequenino. E por via endoscópica tiramos. A mãe ficou toda feliz.”
Crescem casos
de gastrite
em crianças e jovens
– Prassad Modcoidar, médico gastroenterologista
Feito o intróito na página anterior, passamos a transcrever a entrevista com este prestigiado médico. Vale a pena ler até ao fim.
Senhor doutor, que ramo é este da ciência médica denominada Gastrenterologia?
A Gastrenterologia é uma sub-especialidade do ramo de medicina interna, que estuda as doenças do trato gastro-intestinal (TGI), incluindo o fígado, vesícula biliar e o pâncreas, que são órgãos anexos do tubo digestivo.
Estes serviços estão disponíveis apenas no HCM?
Encontram-se disponíveis em três hospitais Centrais, ou seja no nosso Hospital, no HCBeira e no HCNampula. Nas restantes Províncias, o Médico de Clínica Geral ou o Médico Internista, geralmente gerem estas patologias e em caso de complicações, os pacientes são transferidos para os respectivos Hospitais Centrais.
As queixas relacionadas com o tubo digestivo são muito frequentes?
As queixas relacionadas com o TGI são frequentes no nosso meio, particularmente a gastrite, que na nossa experiência começamos a diagnosticar com mais frequência em crianças, em jovens, bem como nos adultos. Fazendo uma reflexão achamos que os hábitos alimentares, bem como ficar muitas horas sem se alimentar, o ambiente de vida stressante no quotidiano que os pacientes levam, podem traduzir para o aumento da frequência desta entidade nosológica.
Em termos estatísticos, quais as patologias mais comuns nos doentes que recorrem aos vossos Serviços no HCM?
Em termos estatísticos as patologias mais frequentes são a gastrite, a doença do refluxo gastro-esofagico, as dispepsias funcionais, esta última os pacientes podem ter como patologia de base quadros ansiosos depressivos do foro de neurologia. Temos também em seguimento nas nossas consultas e em regime de internamento, pacientes acometidos de doença hepática crónica. Relacionada com patologia oncológica temos o carcinoma hépato celular ou cancro do fígado, seguido de tumores do esófago. Dado que nestes pacientes quando acorrem aos nossos serviços, estão em estádios avançados da doença, o único tratamento que oferecemos é proporcionar tratamentos paliativos.
Um aspecto particular e que gostaríamos de realçar são as tentativas de suicídio, com ingestão de água de bateria, particularmente em jovens. Gostaria de realçar o fato de que estas atitudes vão em grande medida alterar a qualidade de vida dos mesmos, dado que as queimaduras internas, resultantes da ingestão podem ser tão severas que necessitam de cirurgias complexas.
O perfil epidemiológico é similar nas 11 províncias do País?
Não temos dados de outras províncias, mas cremos ser a mesma, da casuística do nosso Hospital. Pensamos que na bacia de Zambezia, o convívio em rios e riachos das populações, podem contribuir para as formas complicadas de bilharziose intestinal, com quadros de hipertensão portal, e formação de varizes esofágicas que ao romperem podem manifestar-se sob forma de hemorragia digestiva alta (HDA)
SERVIÇO DE GASTRO
Fale-me sob o Serviço de Gastrenterologia, da qual o Dr. Prassad é o actual Director.
É um serviço que tem uma ala de internamento com 14 camas e a outra ala onde realizamos os procedimentos de especialidade, que além de puder fazer o diagnóstico, permite realizar gestos terapêuticos.
Que exames realizam?
Praticamente a maioria dos exames da nossa especialidade, ou seja as endoscopias digestivas alta (EDA), as endoscopias digestivas baixas (EDB ), as anuscopias, as retoscopias,as ecografias abdominais, as paracenteses de diagnostico e as evacuadoras, bem como as biópsias retais, para a pesquisa de ovos de schistosomamansoni, as punções aspirativas com agulhas finas sob controle ecográfico, para nódulos hepáticos, em pacientes com suspeita de carcinoma hépato-celular, as drenagens de abcessos hepáticos , a esclerose e as laqueações de varizes esofágicas, e as polipectomias ou seja remoção de pequenos tumores por via endoscópica.
Já agora o que é a EDA e EDB?
A vídeo endoscopia digestiva alta é um aparelho de fibras ópticas, de cerca de 8 mm de diâmetro acoplado ao vídeo, que permite visualizar o esófago, estômago e duodeno, até a IV porção que é a porção fixa do intestino delgado.
A EDB também designada de colonoscopia , é um aparelho maior com princípios similares ao do anterior, permitindo visualizar o cólon na sua totalidade, e parte do ileon terminal.
Que utilidade tem estes exames na pratica clínica?
Ao realizarmos a EDA e a EDB, pudemos identificar vários tipos de lesões da camada interna a mucosa do TGI, desde infecção, inflamação, erosões, úlceras, tumores e outros, permitindo fazer biópsias endoscópicas, e em pacientes acometidos de varizes esofágicas, permite laquear(fechar) as mesmas , e deste modo o paciente fica com menor possibilidade de ressangrar (voltar a sangrar).
Em pacientes com úlceras sangrantes pudemos usar a adrenalina diluída para estancar o sangramento. Também por estes exames realizamos as polipectomais ou seja a remoção de pequenos tumores do TGI, não necessitando de ser submetidos a cirurgia convencional, e nos pacientes acometidos de estenoses de esófago de natureza benigna, pudemos dilatar o esófago, usando as velas apropriadas
Para o tratamento de doenças gastrointestinais recorrem muitas vezes a cirurgia ou optam por outras técnicas menos invasivas?
Com o leque de possibilidades de tratamento por via endoscópica, supra citadas, nós referenciamos os pacientes para a cirurgia em casos de complicações , no qual o Cirurgião tem mesmo de intervir, e quando os tumores são grandes , antecedida nestes última situação da opinião do Oncologista.
SEIS PRÓ-GRADUANDOS
No seu Serviço quantos Médicos Especialistas existem?
Neste momento estou eu o único Médico Nacional, a trabalhar no SNS, e no âmbito da colaboração Cubana, temos duas Colegas Cubanas, uma delas actualmente cedida de empréstimo para trabalhar no HCN, até chegada de outra gastrenterologista.
Quantos Pós-graduandos têm?
Temos seis pós-graduando, a fazerem a especialidade, em diferentes anos e constituem meu sonho, bem espero ver concretizado, para os próximos dez anos termos um especialista de gastro por provincia deste vasto Pais, de modo a beneficiar essencialmente os pacientes que usam o Sistema Nacional de Saúde (SNS), que os que mais necessitam de nossos cuidados.
Quem pode aspirar a uma pós-graduação em Gastrenterologia ?
O aspirante a pós-graduação é um médico com o grau de licenciatura em Medicina geral. Antes da sua entrada, tem de fazer o exame de admissão e se aprovado, após um ano de tronco comum, faz a segunda avaliação, e se tiver aproveitamento inicia a sub-especialidade.
Do seu ponto de vista, a competência académica e profissional exibida pelos médicos recém-saídos das faculdades é satisfatória?
Isto é como em tudo, para mim as competências vão sendo adquiridas, refinadas e a experiencia e a dedicação individual, vão marcar a diferença. As competências a meu ver são directamente proporcionais ao factor dedicação, imperativo catalisador para se ser um bom profissional. E nós como sub-especialistas, temos de ter a noção, que ao realizarmos devidamente os procedimentos estamos a contribuir não só no aliviar do sofrimento do paciente, bem como a tentar resolver um puzzle complicado da equação que em última analise é de proporcionar o tratamento adequado ao paciente, tentando restaurar a sua qualidade de vida.
INVESTIGAÇÃO
Dentro daquilo que é a vossa metodologia de trabalho, há espaço para investigação nos seus Serviços?
Um dos pilares do nosso Serviço tem a ver com a investigação e estamos a trabalhar em conjunto com instituições vocacionadas nessa área, para nos apoiar, no caso vertente Faculdade de Medicina, e o instituto Nacional de Saúde, de modo a criarmos sinergias, e dar resposta a questões que tem a ver com a melhoria da prestação de cuidados de saúde, deste modo esta actividade, não é meramente de natureza académica, mas sim no sentido de dar resposta a questões que nos apoquentam no nosso quotidiano de trabalho. Os pós-graduandos do nosso Serviço têm protocolos, que irão iniciar em breve, após as devidas aprovações. De referir que é obrigatório um pós-graduado, fazer e publicar ou apresentar um trabalho de investigação, durante a sua residência.
Tem levado e apresentado trabalhos de investigação para Congressos de Gastro?
Sim. Quando temos levamos. Também temos o privilégio de apresentar em Conferencias Médicas no País.
Ao longo dos seus anos de pratica médica, o que mais lhe impressionou na sua relação com os pacientes?
Foram vários episódios, mas francamente falando o apreço, a cortesia, a confiança que os pacientes me tem depositado, não tem preço. Também realçar, que não esqueço as minhas balizas profissionais de actuação, e sempre tudo que me transcende tento encaminhar, para centros melhor apetrechados, de modo que o paciente possa ter acesso a tratamentos da nossa sub-especialidade, sofisticados , de um modo menos invasivo, aquilo que esta e vai ser o futuro de Medicina. Por último destacar os contactos que tenho além fronteiras, nomeadamente na Índia, Portugal, Holanda, Estados Unidos e África do Sul, com Colegas da minha especialidade, que me permite interagir em caso de duvidas, de modo a ouvir a segunda opinião antes de se iniciar o tratamento. Este fato criou condições que os meus pós-graduandos pudessem deslocar ao estrangeiro, a fim de estagiarem em Serviços de reconhecida competência idónea.
Algum comentário adicional?
Estamos empenhados na prestação de serviços de excelência para os utentes do SNS, porém este projecto para ter pernas para andar necessita de acessórios regulares, que são bastante onerosos, pelo que lanço um apelo para os empresários e outras organizações com papel de responsabilidade social, no sentido de nos apoiarem nos mesmos.
Gostaria de agradecer os gestos de apoio em doações que o nosso Serviço tem recebido, e esperamos que no futuro esse leque se expanda, porque em última instancia pretendemos beneficiar os utentes do SNS, na nossa área, com sofisticação tecnológica, que qualquer cidadão tem de direito.
GASTRITE
A gastrite é uma inflamação da mucosa que é a parte mais interna do estômago.
Causas:
Vária podem ser as causas da inflamação a saber: A infecção pelo Helicobacter pylori, que é uma bateria que normalmente é um comensal, mas que em algumas circunstancias, pode agredir a camada mucosa. Certo tipos de medicamentos quando usados e abusados como anti-inflamatórios não esteroídeis, a aspirina, alguns antibióticos como a tetraciclina, a doxiclina e outros podem levar a gastrite. Pensa-se que o stress, pessoas muito ansiosas e com depressão podem sofrer de gastrite
Sintomas
O paciente pode referir dores na boca do estômago, de variado padrão, que pode agravar após a ingestão de certos tipos de alimentos, como citrinos, comidas ácidas, picantes com grande conteúdo oleoso, carnes vermelhas, enlatados e molhos. Estes sintomas podem estar associados a outros como náuseas, vómitos, arrotos, azias, sensação de barriga inchada, o paciente pode referir que ao comer pequena quantidade, fica sem vontade para comer, pode referir também ruídos intestinais anormais por produção excessiva de gazes intestinais. O padrão da dor é acompanhada de períodos de acalmia e de exacerbação, quer dizer que o paciente pode referir que há períodos de tempo, que está livre de sintomas e que pode ficar por um período de tempo em crise ou seja tem sintomas, supra-citados.
Diagnóstico
É essencialmente clínico, numa primeira fase o paciente pode ser observado por um clínico geral. Se não melhorar após tratamento instituído, o clinico geral deverá referir ao especialista. Pode se fazer a serologia ao Helicobacter pylori, e se positivo impõe-se o tratamento com antibióticos para a sua erradicação.
Tratamento
Fazer o aconselhamento dietético higiénico, faz parte da estratégia de tratamento, devendo fazer um regime a base de cozidos e grelhados.
Existem vários grupos de medicamentos desde os anti-ácidos aos antagonistas dos receptores de H2 e cada vez se usamos Inibidores da Bomba de Protões com bons resultados.
A duração do tratamento pode durar ate 2 meses em casos não complicados.
Prevenção
Através de um regime alimentar saudável, fazer refeições nos horários devidos, não ficar muitas horas consecutivas sem comer, evitar o tabaco, álcool, enlatados e tudo que estimule a acidez.
Mini C.V.
1986- Concluiu a Licenciatura em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo.
1999- Iniciou a pós-graduação em Gastroenterologia na Unidade de Endoscopia Digestiva e na Enfermaria das Medicinas do HCM
2002-Estagiou no Hospital Geral de Santo António, no Porto, para complementar as técnicas em gastroenterologia, no ultimo ano de especialização, como bolseiro da OMS.
2003־Concluiu com êxito o exame de especialidade de Gastroenterologia, promovido pelo MISAU, tendo ficado colocado no HCM- Departamento das Medicinas
2004 ־É Professor Assistente de Semiologia Medica e Medicina Interna, na Faculdade de Medicina de UEM, do módulo de Gastroenterologia
2009־Trabalha na Enfermaria de Gastroenterologia do HCM, realizando exames e todas as técnicas da especialidade, apoiando a parte assistencial, bem como o ensino pré e pós-graduado
2014 – Docente do módulo de Gastroenterologiana cadeira de Patologia II, no ISCTEM־
2015 ־Director do Serviço de Gastro no HCM, desde Dezembro
•Tem 11 artigos publicados sob forma de artigos originais, de revisão, casos clínicos, monografias, em colaboração com instituições nacionais e estrangeiras,
9 comunicações orais e 20 posters apresentadas em diferentes Congressos Médicos .
Sociedades Médicas
1. Membro Titular da Associação Médica de Moçambique
2. Bolseiro da OMS, na Ordem dos Médicos de Portugal
3. Membro Titular da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG)
4. MembroTitular da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED)
5. Membro Associado da South African Gastroenterology Society (SAGES)
6. Membro Vitalício da Sociedade Indiana de Gastrenterologia (IGS)
7. Membro Titular do Núcleo de Gastrenterologia dos Hospitais Distritais de Portugal
8. Membro Titular da Ordem de Médicos de Moçambique (OrM)
9. Membro Titular da Associação Portuguesa para o Estudo de Fígado (APEF)
10. Membro Internacional do Colégio Americano de Gastroenterologia (ACG)
11. Membro Titular da Sociedade Europeia de Endoscopia Gastro-Intestinal (ESGE)
André Matola
Fotos de Alfredo Mueche