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Famílias recusam-se a abandonar zonas de risco

Por admin

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidade (INGC), Delegação provincial de Inhambane, ainda não registou nenhum caso alarmante de famílias afectadas com as chuvas que tem vindo a cair na zona sul do país, mesmo os bairros periféricos tidos como propensos a inundações designadamente Liberdade três, Chalambe um e dois, ainda respiram de alívio. No entanto, as famílias que constantemente sofrem de calamidades naturais resistem a abandonar as zonas de riscos.

Zacarias Mauaia, técnico e oficial de informação do INGC em Inhambane, disse que o governo está a trabalhar no sentido de sensibilizar as famílias a abandonarem as zonas habitualmente afectadas pelas enxurradas. Aliás, há dois anos que foi identificado um espaço na zona de Muélé para albergar vítimas das inundações, no entanto elas sempre resistem alegadamente por falta de infra-estruturas básicas nomeadamente hospital, mercado, escolas, eletricidade, canalização da água potável, entre outros serviços.

Entretanto, enquanto as famílias não abandonam os locais, o governo distrital e a direção provincial do Instituto Nacional de Gestão de Calamidade elaboraram um plano de contingência para os anos de 2014/2015 avaliado em mais de 46 milhões de meticais para aquisição de diversos equipamentos ainda em falta para salvação humanitária, designadamente 28 barcos a motor, 26 barcos a remo, 76 camiões, dois motores, mais de mil tendas e mantas, trinta e quatro telefones celulares e sete telefones sincronizados via satélite, entre outros materiais de primeiros socorros.

Ainda nesta província foram criados grupos equipados, denominados comitês locais de gestão de risco de calamidade, que trabalham directamente nas comunidades, divididos em nove subcomissões, para atender casos imediatos de famílias afectadas.

 Por isso que há um grupo responsável pela informação difundida pela comunicação social sobre a previsão meteorológico para caso de risco de inundações emitirem aviso prévio à população.

“Criaram-se estes grupos porque há sempre trabalhos preparatórios realizados antes, durante e depois da ocorrência de calamidades. A sua implementação poderá ser feita a nível provincial. Já foi distribuído um kit composto por bicicletas, megafone, bandeirolas para sinalização consoante aos períodos de riscos, enxadas e capas de chuvas. O kit possui tudo o que é preciso para o funcionamento dos comitês”.

Refira-se que a província de Inhambane localiza-se numa região ameaçada ciclicamente por fenómenos naturais, nomeadamente cheias, secas, ciclones tropicais e ventos fortes. Com efeito, as estatísticas mostram que um ou mais destes fenómenos fustigam, anualmente, a província causando danos de vária ordens.

As autoridades locais esperam que, para este ano, reduza o número da população afectada na ordem de sete por cento comparativamente ao período anterior.   

Idnórcio Muchanga

aly.muchanga@gmail.com

 

 

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