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Erros aritméticos, chantagens e suposta defesa da soberania

Por Idnórcio Muchanga

A 6.ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo que julga o caso das dívidas não declaradas ouviu, quinta-feira, a declarante Neusa Matos, citada nos autos como tendo vendido uma casa, localizada na Avenida Jullius Nyerere, em Maputo, ao agora réu Manuel Renato Matusse, antigo conselheiro político do ex-Presidente da República Armando Guebuza.

Acontece que, segundo o despacho de pronúncia que acolheu a acusação deduzida pelo Ministério Público, o dinheiro usado pelo réu para pagar o preço da casa foi transferido de uma das empresas do grupo Privinvesst, para uma conta da vendedora domiciliada na Conta Geral de Depósitos, em Portugal, e uma outra no Millennium Bim, em Moçambique. Neusa Matos ocupou cargos de relevo no Aparelho do Estado moçambicano como directora do Gabinete do Primeiro-Ministro, depois de ter sido assessor jurídico do antigo Presidente da República Armando Guebuza

O COMEÇO

Tudo começou quando a declarante decidiu pôr a sua casa à venda com o intuito de adquirir outro imóvel um pouco mais espaçoso, tendo, para o efeito, recorrido a um intermediário.

Pouco tempo depois, por coincidência ou não, segundo a declarante, o intermediário a informou que tinha conseguido um cliente, mas que não iria revelar a sua identidade, aparentemente para salvaguardar o seu direito à comissão.

Mas naquele momento não podia imaginar que o cliente fosse o meu colega Renato Matusse”, disse, acrescentando que em momento algum comentou sobre a intenção da venda do seu imóvel com o réu nem com outros companheiros de trabalho. Leia mais…

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