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DESAPARECIDOS: Dor, desalento e expectativa de reencontro

Por Idnórcio Muchanga
  • Pouco mais de 300 casos de pessoas desaparecidas foram registados em 2021, contra 265 em 2020

Benson Muchuine, de três anos de idade, foi à casa vizinha onde costumava brincar. Monteiro Macomandio, 21 anos, saiu para levantar dinheiro. Anifa Tchapo, 12 anos, foi ao mercado e Noé Lhamine, de 17, saiu sem que ninguém se desse conta. Eles nunca mais voltaram. Desapareceram sem deixar rastos. Os familiares estão desesperados. É saudade que se mistura à angústia. Questionam-se, afinal, como lidar com a ausência de uma pessoa quando não se sabe onde ela se encontra ou mesmo se ainda está viva?

Hospitais, casas mortuárias, esquadras, rádios, televisões, profetas e até “bocas de fumo”, recorre-se a tudo em busca de respostas.

A falta de informação, aliada às dificuldades na investigação, amplia a dor de quem não sabe mais onde procurar. Entretanto, ainda que passem dias, meses e até anos, nada anula a esperança de reencontro com a pessoa desaparecida.

Os casos que o domingo apresenta mais adiante são apenas alguns dos vários que acontecem no país. Ainda assim, não existem estatísticas oficiais acabadas sobre pessoas desaparecidas.

Porém, anúncios de pessoas desaparecidas em diversas plataformas indicam a dimensão de um problema que, segundo especialistas, gera um caos nas famílias e na sociedade.

De acordo com dados do Departamento de Atendimento à Família e Menor Vítima de Violência, foram registados no ano passado 322 casos de pessoas desaparecidas contra 265 em igual período do ano anterior.

Mas o que leva uma pessoa a desaparecer? Doenças mentais e conflitos familiares são apontados como algumas causas. Porém, não se descarta a possibilidade de raptos, tráfico de seres humanos e até mesmo acidentes. Leia mais…

TEXTO DE HERCÍLIA MARRENGULE

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