- Trabalhadores sem salários há cerca de três meses
- Utentes dos serviços devem à empresa mais de mil milhões de Meticais
O colectivo de membros do chamado Comité da TmCel decidiu comparecer completo para narrar ao nosso jornal o ambiente que se vive naquela empresa que descrevem como sendo de “greve silenciosa”.
A expectativa que os representantes sindicais dos mais de 1800 trabalhadores dizem preservar é que o Estado assuma rapidamente as suas responsabilidades.
É que a gestão, operação, manutenção de todo o sistema de comunicações fixas, móveis e de dados nacional depende única e exclusivamente de circuitos de telecomunicações que estão centralizadas naquela empresa e que até alimentam alguns países do hinterland, como são os casos do Zimbabwe e Malawi, em termos de internet por via de um cabo de fibra óptica ancorado algures ao largo da nossa costa.
A título de exemplo, soubemos que é a TmCel quem tem o controlo das comunicações do Governo, de toda a banca nacional, navegação aérea e marítima, serviços meteorológicos, transmissão televisiva e rádio de todos os canais autorizados no país (nacionais e internacionais), entre outros meios.
A GÉNESE
No entender do sindicato, a crise financeira que abala a empresa começou na altura em que a mesma foi criada a partir da fusão da antiga Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Moçambique Celular (mCel) e assumiram-se as dívidas que cada uma das empresas trazia.
Com a fusão, a TmCel passou a ser responsável pela operacionalização da rede fixa, que antes estava sob a alçada da TDM, e que continua a ser o negócio mais rentável que uma empresa de telecomunicações pode ter porque envolve o acesso a circuitos de satélite fornecidos pela Organização Internacional de Telecomunicações por Satélite (Intelsat) que é um consórcio intergovernamental que gere mais de 60 satélites de comunicação oferecendo serviços de tele-difusão. Leia mais…
TEXTO DE JORGE RUNGO
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