TEXTO DE LUÍSA JORGE e FOTOS DE FÉLIX MATSINHE
Vivem com a mecânica- -auto no coração, mas nem sempre foram compreendidas porque se afirmava que “aquele não era o seu lugar”. Contudo, persistiram. Entre alicates, maçarico, alternadores, motores de arranque, lixadeiras, entre outras peças e óleos afirmam que não poderiam ter escolhido melhor profissão.
Brígida Mucaque, 32 anos de idade, é uma delas. É mecânica de máquinas pesadas e deu muitas voltas à sua vida para seguir a profissão dos seus sonhos. Apesar de ter crescido no meio de uma espécie de “hospital” para carros, a pressão familiar para tirá-la deste ambiente era grande.
Mas ela correu atrás do sonho e conseguiu! Hoje, diz que não se imagina noutra profissão. “Tenho paixão por reparar motores”, indica e salienta que o “bicho” da mecânica se implantou na sua infância por influência do pai, também mecânico. Por isso, muito cedo desenvolveu intimidade com as ferramentas.
“Aos sete anos, eu entrava no saco de ferramentas que ficava dentro do carro do meu pai, para poder ir com ele aos lugares onde reparava carros. Ele só descobria que estava lá quando chegávamos ao destino”, recorda.
Estar constantemente com o seu pai, e pouco tempo com as irmãs na cozinha de casa, criava algum mal-estar na família. Para a sua progenitora, ela deveria aprender a cozinhar, pois um dia iria ao lar. Por isso, o seu pai afugentava-a das oficinas. Leia mais…