– afirma Fernando Faustino, secretário-geral da ACLLN
TEXTO DE DOMINGOS NHAÚLE
DOMINGOS.NHAULE@SNOTICICAS.CO.MZ
“Há casos em que alguns combatentes, principalmente os desmobilizados no âmbito do Acordo Geral de Paz (AGP), em 1992, recebem 1500 Meticais de pensão até hoje, embora o salário mínimo seja de mais de oito mil. A situação é precária, no sentido de que os beneficiários não conseguem sustentar as suas famílias, nem podem mandar os filhos para a escola. É urgente rever a questão para dignificar os libertadores da pátria”.
O apelo é de Fernando Faustino, secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), entrevistado pelo domingo por ocasião do 59.º aniversário do início da Luta Armada que amanhã se assinala e dos 35 anos da agremiação.
Para o nosso entrevistado, a situação dos combatentes não é das melhores, “porque a pensão que auferem é muito baixa e tal se deve ao facto de, na altura da desmobilização, a maioria não ter sido patenteada”.
Acrescenta que, na sua maioria, os combatentes recebem como se fossem soldados rasos, quando, na verdade, são comandantes, com domínio das tácticas de combate, tendo desempenhado um papel preponderante durante a Luta de Libertação e na guerra dos 16 anos.
Por causa disso, o secretário-geral da ACLLN pede ao Governo para rever a situação que está a deixar os combatentes agastados, com destaque para os que ainda estão a defender a pátria e integridade territorial, participando na luta contra os terroristas em Cabo Delgado, integrados na chamada Força Local. Leia mais…