Tudo indica que será definitivamente aceite a possibilidade da apresentação de novas propostas de pré-candidatos da Frelimo a sucessão de Armando Guebuza na Presidência da Republica, facto que surge na sequência de uma hercúlea pressão interna para que assim seja.
Até onde o domingo sabe, esta posição ganhou corpo depois de um caloroso debateque teve lugar momentos depois da abertura oficial do encontro do Comité Nacional da ACLLN quando alguns veteranos da luta armada interpelaram o presidiumcondicionando a aprovação do programa de trabalhos caso este incluíssemais dois pontos na agenda nomeadamente: o referente a análise da situação políticados países(incluindo a questão da sucessão na Frelimo) bem como do rescaldo das últimas eleições autárquicas.
A Sessão foi dirigida pelo Presidente do partido Frelimo e da ACLLN que classificou os Combatentes da Luta de Libertação Nacional, como sendo destemidos homens e mulheres de espírito indomável que não se vergam perante desafios, um espírito que reside dentro de cada um de nós, têm uma missão de importância primordial na preparação, realização e garantia da nossa vitória esmagadora, retumbante e convincente, na Eleição do Presidente da República, dos Deputados da Assembleia da República e dos Membros das Assembleias Provinciais, no dia 15 de Outubro. A materialização do nosso sonho de 1962 realiza-se passo a passo.
Cada êxito, cada obstáculo transposto, cada passo dado em frente é apenas uma batalha ganha numa guerra sem tréguas, nem fim, e em Paz, por este nosso belo Moçambique, esta Pátria bela dos que ousaram lutar, alguns dos quais marcando presença nesta sala, referiu Guebuza.
Já na fase dos debates alguns delegados àSessão persuadiram a direcção do partido Frelimo a aceitarque se abra espaço para apresentação de novas propostas de pré-candidatosem sede da III sessão ordinária do Comité Central,que arranca na próxima quinta-feira, na Matola, para o bem da união e coesão interna no seio do partido.
Aliás, o facto foi ontem confirmado pelo porta-voz da III Sessão do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACCLN), Carlos Silya, o qual fez questão de sublinhar que isto não significa, nem de perto nem de longe, que os combatentes “rejeitaram as três pré-candidaturas propostas pela Comissão Politica”.
COMBATENTES DEFENDEM
MAIS ABERTURA
Segundo Silya as posições avançadas pelos diferentes combatentes foram na linha de que “deve continuar a haver mais abertura, democraticidade dos actos e sobretudo criação de espaço para a possível entrada de mais pré-candidatos e, tudo isto, deverá ser feito em respeito e observância escrupulosa dos princípios, valores, normas e até mesmo da postura que um militante da Frelimo deve ter nos diferentes órgãos do partido”.
Portanto, caberá ao Comité Central fazer a triagem das propostas dos pré-candidatos para termos um único candidato no final para concorrer as eleições presidenciais de Outubro de 2015. Os combatentes apelaram que o candidato que sair da escolha do CC deverá ter apoio de todos os militantes da Frelimo para garantir a vitória do nosso candidato e do nosso glorioso partido. A vitória da Frelimo e do seu candidato é um imperativo nacional porque este partido tem sido o promotor de todos processos que visam o melhoramento da vida dos moçambicanos, pontuou Carlos Silya.
Segundo referiu o porta-voz do encontro tratou-se de uma reunião histórica em que os combatentes discutiram os seus problemas mais profundos mas também tiveram uma visão mais ampla do pais e da responsabilidade que recai sobre eles pelo que devem ter uma participação activa nos vários processos que visam o desenvolvimento do pais e do melhoramento das condições de vida do povo moçambicano.
Mas mais do que isso os combatentes da luta de libertação nacional reafirmaram o seu voto de confiança “de forma incondicional em relação ao camarada Armando Guebuza, como presidente da ACCLN e do partido Frelimo e incitam-no a reorganizar o partido na perspectiva de preparar os militantes e moçambicanos para vencerem as próximas eleições”.
Esta sessão fez com que os combatentes da luta de libertação nacional saíssem mais unidos na medida em que houve critica e autocritica no que diz respeito ao funcionamento do partido, do relacionamento entre os combatentes,disseSilya.
Sobre a situação política do pais vários combatentes classificaram-na como não estando boa em face dos ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo e que neste momento constituem um perigo para a paz no pais.
Os antigos combatentes entendem que devem ser envidados esforços para que a paz se restabeleça, a todo o custo, para o bem do povo moçambicano. Foi reafirmada a necessidade de a Frelimo continuar a ser a forca motriz do desenvolvimento do pais. Foi, repito, uma reunião histórica tendo em conta tudo o que temos estado a acompanhar pela imprensa, redes sociais, etc, disseo porta-voz do encontro da ACLLN.