- Filipe Nyusi, pela passagem dos 35 anos da morte do primeiro Presidente de Moçambique
“Samora Machel foi entusiasta da igualdade entre os Homens. Combateu de forma enérgica o racismo, tribalismo e o regionalismo. Também foi acérrimo combatente contra a corrupção, lutou pela emancipação da mulher e dedicou-se à promoção do desenvolvimento e bem-estar dos moçambicanos”, foi nestes termos que Filipe Nyusi, Presidente da República, descreveu Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique, falecido há 35 anos, vítima de acidente aéreo.
Filipe Nyusi, que falava hoje em Mbuzini, na África do Sul, na cerimónia de homenagem a Samora Machel, destacou que hoje com satisfação constata-se que grande parte dos sonhos de Samora Machel estão sendo materializados apesar de constrangimentos de vária ordem.
“Samora incumbiu a todos os moçambicanos a fazer da causa dos povos oprimidos a sua própria causa. Foi sob sua direcção que o nosso país, de armas em punho, apoiou o povo oprimido da Rodésia do Sul, hoje Zimbabwe, a enfrentar o regime minoritário e racista de Ian Smith. Também apoiou a luta pela libertação da Namíbia e a erradicação do apartheid, na África do Sul”, destacou Filipe Nyusi.
As cerimónias do 35º aniversário da tragédia do Mbuzine são celebradas sob lema “35 anos da tragédia do Mbuzini preservando o legado de Samora Machel”.
Para Filipe Nyusi, o lema escolhido chama a atenção para rebuscar, replicar e, cima de tudo, preservar a lição que Samora Machel defendia para Moçambique e para África Austral.
“Comemoramos estes 35 anos aqui em Mbuzine porque este local simboliza a metáfora de luta e resistência contra todas as formas de opressão, discriminação e exploração uma vez que os nossos compatriotas que aqui pereceram estavam numa missão de busca de paz para África Austral”.
A cerimónia contou igualmente com a presença da família Machel, bem como do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, entre outras individualidades.