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PR galardoa Heróis Nacionais

Por admin

Com efeito, o país comemora amanhã, 3 de Fevereiro, o Dia dos Heróis Moçambicanos, data que neste ano coincide com o 45º aniversário do assassinato de Eduardo Mondlane, Arquitecto da Unidade Nacional.

Para assinalar a efeméride, o Presidente da República, Armando Guebuza, irá depositar uma coroa de flores no Monumento aos Heróis Nacionais, em Maputo, para em seguida galardoar os heróis nacionais e outras personalidades e instituições que se distinguem na construção e desenvolvimento nacional, à luz da Lei 10/2011, de 13 de Julho, lei dos Títulos Honoríficos e Condecorações.

Esta será a primeira série de cerimónias do género que doravante terão lugar no país à medida que a sociedade e as entidades previstas na lei forem propondo os candidatos a esta distinção.

Com esta iniciativa, todos os heróis que jazem na Praça dos Heróis serão galardoados, à excepção do falecido Presidente Samora Machel, que fora agraciado com a insígnia de Herói da República Popular de Moçambique em 1983.

Além dos actos acima referidos, o Presidente da Republica, Armando Guebuza, irá proceder a reinauguração do Monumento aos Heróis Moçambicanos o qual apresenta um “novo visual” na sequência do restauro que beneficiou, sobretudo nos lugares adjacentes à cripta, que passa a dispor de espaços específicos para altos dignitários, assim como para outras figuras do Estado.

Para assinalar a data, diversas actividades de índole político e sociocultural estão em curso. A título de exemplo, haverá uma exposição fotográfica no Paços do Município reportando a vida e as obras dos heróis nacionais, assim como um sarau cultural com canto, dança e teatro.

HISTORIAL DO MONUMENTO

A praça foi construída em Novembro de 1976, a sua inauguração ocorreu a 3 de 1977, a área total é de cerca de 84 metros quadrados. O diâmetro geral do monumento é de 24 metros com uma altura de 6 metros acima do nível do terreno e de 2 metros no fundo subterrâneo.

Na cripta jazem entre outros, os restos mortais de: Eduardo Chivambo Mondlane, Samora Machel, Milagre Mabote, Romão Fernandes Farinha, Francisco Magumbwé, Belmiro Obadias Muianga, José Macamo, Luís Joaquim Marra, John Issa, Tomás Nduda, Emília Dausse, Armando Tivane, Carlos Robati, Josina Machel, Maestro Justino Chemane, José Craverinha, só para citar alguns exemplos. 

O 3 de Fevereiro foi consagrado Dia dos Heróis Moçambicanos em homenagem a todos cidadãos que sacrificaram suas vidas em prol da libertação do país do jugo colonial português.

Como forma de dignificar cada vez mais a heroicidade dessas pessoas, nos últimos tempos, tem se edificado monumentos nos lugares onde nasceram os Heróis.

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA

A reabilitação da Praça consistiu em linhas gerais no incremento da área pavimentada, definição clara dos acessos e locais de posicionamento das várias entidades que participam nas cerimónias, tais, como local para os membros do Governo, Corpo Diplomático, jornalistas, elementos da banda militar e vários convidados.

Passou a ter igualmente um jardim com mais vida, com plantas ornamentais diversificadas e um sistema de rega por aspersão. As obras contemplam ainda a alteração do sistema de alimentação da pira, que vinha sendo feita por gás butano ou propano que passa a ser através de gás natural.

Esta intervenção inclui a transferência da fonte de alimentação da chama, do interior da cripta para um local fora do perímetro da praça, o que visa melhorar as condições de segurança e renovação da própria pira.

Houve uma ligeira modificação no acesso da cripta com objectivo de aumentar a fluidez na entrada e saída de pessoas, durante as cerimónias de deposição de flores que passa a ter melhores condições para o acesso de portadores de deficiência locomotora.

Também foi feita a colocação de um novo revestimento no pavimento interior e exterior da cripta e substituídas as peças de cobertura que já apresentavam muitas deficiências bem como a substituição das tumbas, incluindo os caracteres de identificação dos Heróis.

Em termos de área interior da cripta não foi feita nenhuma alteração e área total da Praça mantém-se em cerca de 20 mil metros quadrados.   

A HEROICIDADE DE MONDLANE

Os heróis estão sempre presentes, quer os mortos, assim como os vivos e tudo começou com homenagem a Eduardo Mondlane, que uniu os três movimentos nacionalistas que reivindicavam a independência de Moçambique, nomeadamente, UDENAMO; MANU; e UNAMI, numa só frente (FRELIMO), em Junho de 1962.

Natural da aldeia de Nwadjahane, distrito de Manjacaze, província de Gaza, Eduardo Mondlane passou por muitas vicissitudes desde a infância até conseguir doutoramento em Sociologia e Antropologia nos Estados Unidos da América (EUA).

Foi funcionário das Nações Unidas onde respondia pelos assuntos ligados à libertação dos povos africanos. Em 1961 visitou Moçambique onde manteve contactos com figuras ligadas à igreja, tendo regressado aos (EUA).

Mais tarde foi contactado por alguns moçambicanos que tinham ligações ou simpatias com a UDENAMO que acreditavam que Mondlane era capaz de liderar ou fazer convergir as diferenças que existiam entre os três movimentos de libertação em torno da libertação do país do jugo colonial português.

Refira-se que nos últimos tempos as homenagens aos libertadores da pátria, ganharam novo ímpeto com a construção nos lugares onde nasceram de monumentos em sua exaltação.

O lançamento oficial dessas celebrações aconteceu em Muidumbe, província de Cabo Delgado, terra natal de Tomás Nduda, pela ocasião da passagem dos 40º aniversário do seu falecimento, com as cerimónias a serem dirigidas pelo Chefe do Estado, Armando Emílio Guebuza, que fez questão de frisar: os nossos Heróis precisam de ser valorizados e dignificados nos lugares onde nasceram.

Depois seguiram-se vários outros, entre eles, Mateus Sansão Muthemba, José Palhane Macamo, Paulo Samuel Kamkhomba, Djhon Issa, Eduardo Mondlane, Samora Moisés Machel, Josina Machel, entre outros.

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