– afirma Damião José, porta-voz da Frelimo. O porta-voz da Frelimo, Damião José, considera que a questão da paridade evocada pela Renamo é um falso argumento, pois aquela formação política
vem participando nos pleitos eleitorais e inclusive venceu algumas autarquias com a composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE) sem paridade.
Estas declarações foram feitas em conferência de Imprensa convocada sexta-feira última pela Frelimo para falar do actual diálogo entre o Governo e a Renamo, que tem tido mais rondas de impasse do que de avanço.
Para o Damião José, o que está por detrás da referida paridade, é uma manobra por parte da Renamo, que quer, no futuro, inviabilizar o normal funcionamento das instituições do país por via do não reconhecimento dos resultados eleitorais.
A Frelimo, segundo o porta-voz, lamenta e condena a atitude da Renamo, que, em sede do diálogo com o Governo, adopta manobras dilatórias que visam retardar o processo de preparação das eleições autárquicas.
O também secretário do Comité Central da Frelimo para Área de Mobilização e Propaganda referiu que o povo estava à espera que no decurso da sessão extraordinária da Assembleia da República, a Renamo submetesse a proposta de revisão do pacote eleitoral para que fosse debatida no Parlamento, mas não houve nenhum avanço nesse sentido.
Segundo Damião José, a atitude da Renamo vem demonstrar mais uma vez que não respeita o povo e nem é coerente no que diz. “Se não vejamos: a Renamo fala de paz, mas mantém homens armados. Fala de democracia, porém não pretende participar nos pleitos eleitorais. Ela veio ao público falar da revisão, mas não remeteu a proposta de revisão. Sendo assim, consideramos que está a auto-excluir do processo democrático”, disse.
No sentido inverso, a fonte saúda a postura do Governo e encoraja a continuar com o diálogo, não só a Renamo, mas com todas as forças vivas da sociedade e preparando-se para as quartas eleições autárquicas no país.
