Os quadrosda Renamo baseados na cidade de Maputo e outras regiões do país não devem estar satisfeitos com a permanência dos homens armados deste partido na serra da Gorongosa. Segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi, as pessoas que estão armadas nas matas necessitam da reintegração social.
O Presidente da República fez este pronunciamento por ocasião da visita de dois dias que efectuou semana finda à cidade de Maputo para fazer o balanço do quinquénio 2014-2019.
A questão do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração social dos homens armados da Renamo (DDR) continua na ordem do dia e, na semana passada, o Presidente da República reafirmou o seu compromisso de fechar o dossier antes das eleições de 15 de Outubro.
Interagindo com os munícipes da capital do país, Filipe Nyusi sublinhou que a sociedade tem de entender que aqueles homens são moçambicanos e precisam de ser aceites e reintegrados socialmente nas comunidades para participarem do desenvolvimento socioeconómico.
O Chefe de Estado disse que está a trabalhar e em contacto permanente com a liderança da Renamo e “agora é para agir, porque os moçambicanos têm a expectativa e esperança, há algum trabalho que tem de ser feito e é isso que está a acontecer com as equipas técnicas para a concentração dos guerrilheiros da Renamo”.
Acrescentou que o processo de registo de tais homens armados já iniciou. “O que temos transmitido aos próprios guerrilheiros é que a intenção do Governo é desarmar, desmobilizar e reintegrar esses homens na sociedade de maneira condigna”.
Neste sentido, o Presidente da República exorta aos moçambicanos para que saibam receber as pessoas que irão sair das matas. “Vamos deixar inimizades e os homens saírem do mato com enxada. Queremos ver exactamente como é que eles poderão contribuir para a construção do país, daí que esperamos pessoas reais, físicas para podermos reintegrá-las na sociedade’’.