– Dércio Alfazema, analista político e director de programas no Instituto de Democracia Multipartidária
TEXTO DE DOMINMGOS NHAULE
DOMINMGOS.NHAULE@SNOTICIAS.CO.MZ
Durante o primeiro ano do mandato como membro não-permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CS-NU), Moçambique deu prioridade ao combate ao terrorismo e ao extremismo violento em África na sua agenda. A asserção é de Dércio Alfazema, analista político e director de programas no Instituto de Democracia Multipartidária (IMD), a propósito da passagem do primeiro ano do mandato do país no órgão, assinalado semana passada.
Qual foi a contribuição mais significativa de Moçambique no seu primeiro ano, como membro não-permanente do CS-NU?
Moçambique está a ter uma participação positiva, que nos orgulha, na medida em que está lá pela primeira vez, com todos os desafios e as limitações que ainda temos para nos afirmar como uma nação forte no contexto global. A forma como fomos eleitos já é por si um sinal de confiança naquilo que é a experiência do país em contribuir para a paz global. A nossa primeira acção foi nesse sentido e ficou patente quando presidimos o órgão durante o mês de Março de 2023, onde conseguimos trazer uma agenda muito forte no âmbito daquilo que precisa de ser feito no combate ao terrorismo e extremismo violento.
De que forma?
Não nos limitamos à nossa experiência, mas olhamos também para o contexto africano onde esta luta tem estado a registar alguns progressos, nomeadamente, no Sahel, e outros países, incluindo a região austral de África que sofrem esta ameaça. Moçambique capitalizou todas essas experiências e procurou influenciar a agenda global, ao seu mais alto nível com a participação do Presidente da República, Filipe Nyusi, o que demonstra o comprometimento do país em relação à paz.
No que diz respeito à solução dos conflitos internos, o país tem uma experiência ímpar no âmbito do processo do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais da Renamo, que foi bem sucedido. Leia mais…