O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou, na passada sexta-feira, em Nampula, aos recém-graduados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), na Academia Militar Marechal Samora Machel, a serem oficiais orientados pela disciplina, coragem, liderança, audácia e respeito pelo povo como forma de cumprirem com zelo patriótico a defesa da Nação moçambicana.
Nyusi disse que o fim daquele curso marca uma etapa de transição da vida estudantil para a profissional dos graduados. Sendo que as fases que se seguem serão de enormes desafios e exigirão de cada um deles uma maior disposição e disponibilidade para demonstrar na prática as capacidades e destrezas desenvolvidas ao longo da formação.
“Continuarão a ser comandados, mas com obrigações acrescidas. De hoje em diante ficam também habilitados para comandar as subunidades das FADM, para tal os conhecimentos que adquiriram ao longo da vossa formação são e serão verdadeiros instrumentos de trabalho nas unidades onde forem colocados”, apontou o Chefe de Estado.
Num outro momento, o Presidente da República exortou os formandos a serem exemplares, interpretando na letra e no espírito as teorias de comando e liderança de tropas, segundo as quais um oficial é o guardião da organização e disciplina da classe.
Recordou aos formandos que a aprendizagem e a transmissão de conhecimento devem ser um processo recíproco. Porém, deve desenrolar-se num ambiente de respeito e disciplina aceites no supremo valor de defender o povo. Na mesma senda apelou aos graduados para que escutem atentamente os seus generais, pois deles muito têm a aprender.“Inspirem-se nos jovens da geração 25 de Setembro na nobre missão de manutenção da paz efectiva e sustentável para o país bem como na garantia do desenvolvimento sócio-económico da nação”, afiançou.
O apelo estendeu-se aos generais, os quais foram exortados a igualmente preocupar-se e comunicar-se com seus comandados, tendo em conta que têm toda uma bagagem rica a ser transmitida aos mais novos sobre os quais têm muita responsabilidade.
Fizeram parte dos oficiais graduados militares angolanos, os quais receberam uma calorosa saudação do Presidente da República por terem escolhido Moçambique para se formarem e levarem esta experiência militar à Angola. “A internacionalização através da mobilidade de estudantes, docentes e investigadores estrangeiros para as instituições de ensino superior no nosso país é uma das condições nos processos de auto-avaliação e de avaliação externa para a acreditação no âmbito da concretização dos objectivos da qualidade do ensino superior”, disse.
Ao Ministério da Defesa Nacional, às Forças Armadas de Defesa de Moçambique e à Direcção e Comando da Academia Marechal Samora Machel foi exigido que aprofundem cada vez mais a interpretação prática da visão e das ciências militares como missão Academia Militar.
O Chefe do Estado e Comandante em Chefe das FADM apelou aos graduados a provarem cada vez mais uma educação de qualidade com essencial foco nas ciências militares e tecnologia com vista a produzir sempre oficiais com alta qualidade para o crescimento e modernização das FADM.
“A Academia Militar Marechal Samora Machel deve também apoiar cientificamente as escolas práticas no seu processo de funcionamento com destaque para a Escola de Sargento das Forças Armadas da Defesa de Moçambique General do Exército Alberto Chipande. Assim devem dar a contribuição na formulação de curriculum e na monitoria e avaliação permanente das práticas no teatro das operações como forma de complementar as técnicas concebidas e aprendidas”.
O Presidente referiu na sua alocução que a Academia Militar Marechal Samora Macheldeve ter como primeira referência o seu patrono, o Presidente Samora Machel. “A crença na educação como instrumento da mudança, mudança social, foi a pedra angular das ideias de Eduardo Mondlane, Obreiro da Unidade Nacional. Ele colocou uma fé inabalável na educação como instrumento para melhorar a vida do seu povo e esta é a nossa motivação para mentalizar o nosso militar de que só com uma formação sólida, ele estará melhor preparado para compreender e assumir os desafios que o país lhe vai colocando em cada momento. Reafirmamos que temos vindo a capitalizar de forma expressa o desenvolvimento do capital humano e social como uma das principais prioridades da nossa acção governativa”, disse.
Na passada Sexta-Feira, foi celebrado o Dia Internacional de Combate contra a Corrupção. Por conta disso, o Presidente da República recordou que o nosso país ainda tem uma grande luta para travar este mal que impede o desenvolvimento acelerado de qualquer que seja a nação.
Destacou que a corrupção é um acto de corromper alguém com finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios ilegais e ilícitos. É um tipo de crime que ainda persiste no nosso país e que abrange todos os poderes do Governo, os sectores público e privado e que afecta as relações sociais e humanas.
“Apelamos aos corruptores, corrompidos, coniventes e aos irresponsáveis que sob instruções dos infractores cometem este crime para libertar o país deste mal que impede o crescimento”, disse a finalizar.
